Imagem e reputação: Copa 2018 e os desafios para os comunicadores
Seguindo no assunto mais falado do mês, a Copa é novamente o tema do nosso texto da semana.
Também, pudera, só se fala nisso! Só paramos de falar e pensar em Copa quando estamos nos divertindo nas festas juninas e julhinas ☺
Mas o enfoque de hoje para o assunto não é assim tão festivo, isso por que, muitas situações paralelas aos jogos têm acontecido e abalado algumas imagens e reputações, poderíamos generalizar e falar de diversos cases de crises de imagem nessa Copa (não apenas brasileiros), mas vamos manter o foco nos nossos. Para que esse texto não vire um livro e para que você possa ter tempo de se atualizar sobre os resultados dos jogos, vamos falar de três situações impactantes de crises de comunicação envolvendo: mascote, jogador e a própria CBF:
O caso CBF:
Em meados de junho, bem no início da Copa, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF), protagonizou um episódio bastante polêmico, envolvendo mais especificamente o presidente da Instituição, Antônio Carlos Nunes. Tendo certeza de que o voto seria secreto, Nunes, que havia se comprometido, junto com outras Federações de futebol, em votar na América do Norte para sediar a Copa de 2026, mudou de ideia e votou no Marrocos. Após a votação a FIFA divulgou os votos, por questões de transparência, o que gerou uma grave instabilidade na imagem da CBF.
Para a Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol), o episódio foi descrito como “traição indesculpável”, e sem sombras de dúvidas, a CBF, que já não estava com sua imagem muito positiva, acabou por ter a sua reputação dilacerada.
Para o desespero dos RP’s envolvidos nessa crise (e profissionais que estão acompanhando de fora também…), as explicações dadas pela CBF nem de longe foram suficientes para amenizar a situação, nem tão pouco o presidente se mostrou preocupado ou arrependido pela sua “traição”. Diferentes países manifestaram sua insatisfação, e alguns clubes brasileiros se posicionaram contra o posicionamento do Presidente e da Instituição. Com uma estratégia de imprensa que podemos chamar de, (no mínimo) bagunçada, a situação pode ser um belo exemplo de como não fazer comunicação de crise!
Canarinho Pistola
Ainda falando em CBF, mas agora em uma tentativa de conquistar e mobilizar a torcida brasileira, a Instituição repaginou o mascote da seleção, carinhosamente apelidado pelos torcedores de Canarinho Pistola. Ele “nasceu” no final de 2016, mas ficou mais popular a partir de março de 2018, quando começou suas aventuras pela Rússia. Com cara de bravo e fama de bagunceiro, o mascote conquistou os internautas.
Porém, nem todo mundo caiu nas graças do personagem, no dia 25 de junho, o Canarinho passou por um sufoco ao ser “preso” por seguranças do hotel onde a Seleção Brasileira estava hospedada. O motivo da breve “prisão” foi a bagunça e o barulho que ele estava fazendo com instrumentos em frente ao hotel.
Por mais que essa situação tenha sido mais tranquila em relação a outra polêmica que falamos, não deixa de ser mais uma pontinha de stress para o nosso querido RP da CBF. De qualquer forma, a estratégia do personagem parece estar dando certo, e, se ele se comportar, podemos ter nele mais um grande marco dessa Copa.
Neymar e redes sociais
Sobre esse tópico poderíamos decorrer páginas e dissertar um tcc (fica aí uma dica pra quem tá procurando um tema para seu projeto ;), mas nossa ideia aqui é apenas demonstrar o quanto a imagem de uma personalidade pública pode influenciar diretamente na sua profissão. Especificamente falando do caso Neymar, é inegável que o jogador é um craque e que tem, entre seus adversários um estereótipo bem definido. Tudo que ele faz dentro de campo é analisado e julgado, tendo como base o seu histórico.
Tudo isso é normal no mundo do futebol, onde cada um de nós é um pouco técnico e cada um sabe o que seria melhor para o seu time, o que está fora do normal e que está movimentando outro time (o time dos RP’s), são as polêmicas nas redes sociais. Ficamos impactadas com a chamada: “Neymar é vergonha para o futebol”, escrita por um jornal americano depois do jogo das oitavas de final, contra o México.
Por onde você começaria para “concertar” essa imagem? A grande maioria de nós brasileiros vê o jogador de forma diferente, mas a o que parece é que o mundo está contra o “menino Neymar”. A melhor resposta para isso, certamente deve começar em campo, mas sem dúvida, o pessoal da comunicação vai ter muuuito trabalho fora dele para reorganizar essa imagem e reconstruir essa reputação.
Tudo isso é Copa do Mundo amigos, e quer saber? Eu tô amando, e você?
Veja as noticias completas desse post em: https://globoesporte.globo.com/futebol/copa-do-mundo/noticia/voto-do-brasil-no-marrocos-desata-crise-diplomatica-na-fifa.ghtml
Beijos Fer *-*