Já pensou em ser acusado por plágio?

Fantástico Mundo RP
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3 min readJun 19, 2015
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A questão é séria e é sim um problema do comunicador…

Há algumas semanas falamos sobre marcas no post “Marcas e a necessidade de mudar”, escrito por Janine Poncio, as marcas e as empresas em geral, precisam inovar, isso é fato. Seguir tendências e se reinventar são palavras de ordem para garantir a tão sonhada estabilidade no mercado.

Há quase um ano atrás, apresentava minha monografia cujo tema era exatamente a gestão de marcas e o profissional relações públicas. Uma das principais questões apontadas pelos entrevistados foi a interdisciplinaridade que é necessária para qualquer pessoa que trabalha diretamente com a gestão de marcas. Para tanto, profissionais responsáveis pela imagem da marcas precisam entender de tudo e mais um pouco, estar antenado as tendências de mercado em relação à empresa que representa, aos produtos ou serviços da mesma, as opiniões dos diversos públicos, as mídias digitais e as mais “1.000” demandas que surgem durante o dia.

Questões que, por diversas vezes são esquecida por nós, profissionais de comunicação, são as questões jurídicas que envolvem a marca/empresa a qual representamos. Tão importante quanto as “milhares” tarefas que temos diariamente e a preocupação meticulosa com os detalhes do logotipo, com as palavras utilizadas no slogan e com os textos enviados à mídia, precisamos garantir o direito de uso sobre a nossa marca. Esse direito só será assegurado quando registrarmos a marca ou criação junto ao Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), que é o órgão que regulamenta o registro das mesmas aqui no Brasil.

Além disso, não se trata apenas de uma questão da sua marca, mas de proteção em relação à terceiros. Você já imaginou trabalhar em um projeto durante longos meses, pensando em cada detalhe de um novo produto desenvolvido pela empresa, desenvolvendo materiais e uma campanha completa para ao final descobrir que a marca, que você achou genial, já pertence à uma outra empresa ou produto? Isso causaria uma grande perda de tempo e dinheiro para você e para seu cliente/empresa, sem contar que se o produto ou marca for lançado e envolver o público, mudar o nome é muito mais complicado, e nós RPs, conhecemos muito bem a complexidade da construção e/ou reconstrução de imagem, identidade e reputação empresariais.

Marca representa valor, intangível mas também tangível. É um bem que, em tempos de concorrência acirrada e sempre mais preparada, proteger a marcas através do registro é sim preocupação do comunicador! O simples fato de criar um novo nome para uma empresa ou um produto e realizar a chamada “busca prévia no INPI”pode evitar um grande desgaste econômico e temporal.

Para garantir a exclusividade da marca criada é preciso ter uma série de cuidados e o mais importante de tudo: ser criativo. Uma marca sem registro pode tanto sofrer quanto ser acusada de concorrência desleal, utilização indevida de marca, pirataria, má fé e diversos outros inconvenientes capazes de abalar a sua imagem em um simples post, com um breve comentário ou com um case negativo explodindo na internet.

Ninguém falou que gestão de marca era uma tarefa fácil. E sim, é necessário ser multidisciplinar, preocupar-se com as leis e estar atento as consequências que uma marca sem registro pode trazer para a empresa ou produto a ser lançado. Mais um vez comprovamos: a comunicação e a interdisciplinaridade precisam andar sempre juntas!

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