Nos comunicamos de forma eficiente em 2020?
Com a chegada do mês de dezembro, surgem as reflexões, as listas e os desejos. Somos impulsionados (as) pelas novas oportunidades de fazer diferente e melhor no novo ano que está logo ali.
Um 2020 desafiador e de muitos aprendizados. Nos tirou da zona de conforto e nos mostrou como a comunicação foi fundamental em todo esse processo de adaptação. O diálogo com os familiares, com os amigos e a construção de uma narrativa que levasse para o ambiente digital toda a cultura organizacional que já era praticada no dia a dia do escritório.
Nesse último conteúdo do ano, gostaria de propor uma reflexão sobre como fomos capazes de transferir a nossa comunicação do face-a-face, a confiança efetivada pela presença, a boa vontade em colaborar traduzida pela energia e tom da fala, a agilidade de um assunto importante realizado a partir de 10 passos entre uma mesa de trabalho e outra e também a leveza e descontração para descobrir quem preparou aquele café petróleo do dia. Alguém quer alguma coisa da padaria?
E então entram em cena as plataformas: zoom, google meet, e-mail, ligação, whatsapp, slack, áudios, skype, todas elas disponíveis para nos manter ainda mais conectados. Mas não foi simples.
As ferramentas e o contexto da pandemia evidenciaram algo que já sabíamos: a nossa responsabilidade para garantir uma comunicação clara e transparente. Cabe a nós comunicadores, líderes, relações-públicas, interlocutores, entregar uma mensagem eficiente e que gere o resultado que esperamos.
Na prática, isso requer mais energia, mais atitude e proatividade. A comunicação eficiente exige engajamento e o cuidado do interlocutor. Na correria do dia a dia do contexto digital e times dispersos, é preciso um olhar ainda mais atento para a construção de diálogo.
Muitas vezes precisamos entregar a mesma mensagem em plataformas diferentes para convergir para um resultado positivo. É uma combinação de todas essas possibilidades. Não existe a mais adequada ou a mais indicada, o que guia é o tipo de comunicação que precisamos transmitir-construir, bem como o público que irá recebê-la.
Não falamos em melhor formato, mas sim na forma que traz melhores resultados. E quem determina? Público + mensagem + o que você quer atingir com a comunicação. Para comunicar mudanças na organização é uma maneira, para falar sobre o happy hour da firma é outra e para alinhar sobre desdobramentos relacionados à pandemia é outra.
Trazer o tom certo, a energia que quer transmitir, imprimir a agilidade para algumas informações, estabelecer empatia — tudo isso agora no digital. A complexidade e a necessidade de transparência aumentaram.
96% das pessoas acreditam que os negócios com os quais elas lidam poderiam melhorar no quesito comunicação e gestão de projetos. Project.co
Uma outra pesquisa da Gartner apontou que líderes da comunicação têm como desafio e prioridade alinhar o comportamento dos colaboradores com os valores e estratégias organizacionais e apenas 9% desses líderes se sentem confiantes para fomentar e delinear a cultura corporativa.
E mais:
A comunicação sem ruídos é bastante desafiadora e alguns pontos são triviais, entretanto merecem sempre uma releitura. É o simples que irá fazer toda a diferença:
- Empatia
- Promover o diálogo
- Reforçar, reforçar, reforçar — o óbvio precisa ser dito
- Constância e objetividade
- Colocar-se do lugar do receptor
O que vai diferenciar e impactar para um resultado positivo na gestão da comunicação é a empatia, o saber ouvir, ter clareza, perceber o público e assim conectar-se de forma verdadeira, bem como a nossa capacidade de “escutar” aquilo que não é dito.
E que comece a contagem regressiva! Um novo ano de muita comunicação eficiente, conquistas e boas histórias para contar. Até lá!