Nossa entrada no digital
*Por Letícia Ribeiro, autora convidada
Atualmente muito se fala no ambiente corporativo sobre transformação digital, inteligência artificial, realidade aumentada, entre outras possibilidades de comunicação. E como profissional da área entendo a necessidade dessas discussões, mas também me questiono sobre os limites dessa jornada, já que os pilares principais do nosso trabalho são as pessoas!
Com a massificação de produtores de conteúdo, entendo que a comunicação institucional precisa ser muito além do que uma presença de marca em canais de divulgação, ela precisa gerar conexão com seu público.
A tecnologia precisa ser um meio facilitador para que essa conexão aconteça, mas nunca um limitador! Quem me acompanha sabe o quanto carrego em meus projetos profissionais essa essência.
O ser humano é por natureza um ser social, por isso é alarmante essa possibilidade de deixar de lado a sua capacidade criativa por conta dessas mudanças, já que é um fato o modo como as tecnologias estão alterando a forma de as pessoas se comunicarem e se informarem.
Existem estudos que mostram que a forma mais avançada de comunicação se consolidará na próxima década por meio da Interface Cérebro Computador ou BCI (Brain Computer Interface), o qual permitirá que o ser humano conecte sua mente ao computador e vice-versa, permitindo uma ligação mais íntima de comunicação. E não para por aí! Essa interface também estabelecerá uma comunicação direta com o cérebro de outra pessoa, tornando possível, inclusive, compreender os sentimentos e pensamentos daquele com quem se está comunicando.
Tudo isso é incrível, mostra a evolução e capacidade do ser humano de desvendar novos caminhos, mas volto ao ponto inicial: conexão, olho no olho, sentimento! Nossa missão como profissionais de comunicação é desafiadora e vai além desse novo comportamento humano por conta das transformações tecnológicas. Acredito que esse desafio reflete o que Schopenhauer escreveu:
‘Importante não é ver o que ninguém nunca viu mas, sim, pensar o que ninguém nunca pensou sobre algo que todo mundo vê’.