O fim tumultuado da Webjet
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A companhia aérea Gol depois de ter comprado a Webjet com autorização obtida em 10 de outubro em decisão do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) anunciou no dia 23 de Novembro, o fim das atividades da controlada Webjet, com corte de cerca de 850 postos de trabalho, a tripulação técnica, tripulação comercial e manutenção de aeronaves serão desligados em decorrência dessa decisão.
O problema que aconteceu depois foi que alguns dos funcionários foram pegos de surpresa com a demissão comunicada em pleno voo, segundo aeromoça que trabalhava a quatro anos na empresa e já desconfiava de algumas demissões (em notícia do folha) o comandante recebeu a notícia do sistema de comunicação da aeronave de que a Webjet “não existia mais” e repassou à tripulação. Nervosos, os tripulantes iniciaram os procedimentos de pouso.
Falta de transparência? Desrespeito aos funcionários? Nesses momentos que nos deparamos com a falta de jeito das empresas com as relações humanas. É Fato que tornou-se crise interna, visto que muitos ex funcionários acionaram o Ministério Público do Trabalho, já que na compra da empresa o diretor de Recursos Humanos da Gol, Jean Carlo Alves Nogueira, havia negado a possibilidade de demissão em massa no setor de manutenção da Webjet.¹
Simões (1995) já comentava em sua obra que o público ao dar-se conta de injustiças, pode gerar conflitos e até convulsões sociais, no caso da webjet além de acionar o Ministério Público do Trabalho, cerca de cem ex-funcionários realizarem manifestação no saguão do desembarque do aeroporto Santos Dumont, no centro do Rio com cartazes, máscaras e narizes de palhaço. É fato que nesses momentos, cabe ao profissional de Relações Públicas monitorar o conflito e criar um canal para que haja troca de informações e negociação para que se amenize e evite piores situações. “Fazer o melhor possível para atender aos interesses do público (…) é necessário informar adequadamente para evitar mal entendidos que gerem o conflito.” Simões (1995, p.62)
