Odebrecht e a comunicação interna
Quando a comunicação interna de uma empresa funciona, os funcionários vestem a camisa e apoiam as decisões tomadas, mesmo sendo negativas. A Odebrecht desenvolve isso, conforme mostram as iniciativas abaixo.
São muitas as notícias em relação a empresários presos acusados de estarem envolvidos com a operação Lava Jato. Vocês devem ter visto que o presidente da empresa Odebrecht também foi preso acusado de ser um dos líderes dos participantes da fraude.
O que poderia parecer ser a demissão de funcionários ou mesmo um pedido de demissão por medo de ter seus nomes veiculados a esse escândalo, foi o contrário, os mesmos apoiaram a causa. Sim, eles vestiram a camisa e após a prisão do presidente do grupo, se reuniram em frente ao escritório onde trabalhavam e com camisetas das cores vermelha e branca, cores da logomarca da empresa, exibiram cartazes com a frase: “Somos todos Odebrecht”. E como se não bastasse, após uma salva de palmas gritaram: “orgulho”.
Além disso, os funcionários também demonstraram apoio nas redes sociais. Muitos deles alteraram suas fotos do
perfil e postaram mensagens de apoio com a hashtag #SomosTodosOdebrecht. Uma das mensagens dizia o seguinte: “Não nos encolheremos em tempos difíceis: encaramos de frente, de cabeça erguida e como pessoas íntegras e responsáveis que somos”. A empresa postou, em suas redes sociais, uma mensagem agradecendo todas as mensagens espontâneas de apoio compartilhadas afirmando: “Estamos juntos”.
Supõe-se que esse orgulho ao qual gritaram é de trabalhar em uma empresa que se preocupa com os funcionários. Orgulho de ter um presidente, que mesmo preso, é um bom chefe e sabe comandar. Orgulho de ter liderança e orgulho de vestir a camisa e apoiar a empresa até nas suas dificuldades.
Não sei dizer quais as ações internas são desenvolvidas pela Odebrecht, mas creio que elas foram suficientes e essenciais para que cada um que estivesse lá, pudesse defender a empresa em tempos difíceis espontaneamente e com orgulho mesmo tendo a imagem da empresa arranhada com essas acusações.
Fontes: Folha de São Paulo e O Globo.