Onde tudo começa: comunicação interna precisa ser planejada

Muriel Felten
Fantástico Mundo RP
4 min readMar 5, 2018

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Curso ministrado pela Fale Consultoras em Endomarketing trouxe métodos e cases para basear o planejamento de comunicação interna e endomarketing nas empresas

Na última quinta-feira, dia 01 de março, estive cobrindo para o Fantástico Mundo RP o curso de Planejamento em Comunicação Interna e Endomarketing, ministrado por Alessandra e Fabiana Becker, as irmãs RPs que administram a Fale Consultoria em Endomarketing. A expressão que habitou minha mente nos dias que se seguiram ao evento foi: Uau! Tenho certeza de que, se havia algum aluno presente com dúvida de que comunicação interna é importante e rende muito assunto, ele saiu de lá com a plena certeza de que sua organização deve investir na área o quanto antes possível.

A Fabi e a Ale (já me sinto à vontade para chamá-las assim ☺) conduziram a turma por um dia inteiro de aprendizagem, mesclando conteúdos essenciais para o bom planejamento de comunicação e muita atividade prática. Ah, sem esquecer o discurso inspirador e a apresentação de cases que servem de exemplo para ações que podem ser executadas nas organizações. Para mim, a experiência foi ainda mais impactante, já que a comunicação interna não está no meu escopo de trabalho atual. Achei especialmente gratificante me aprofundar em um tema novo e, já de cara, com tanta qualidade e consistência. Tanto que se tornou tarefa árdua resumir tudo que vi por lá em apenas um texto.

Turma completa do curso Planejamento em Comunicação Interna e Endomarketing

Na primeira etapa do curso, visitamos conceitos básicos de planejamento estratégico, como definições e a importância do método. O primordial é manter o foco e a visão ampliada da situação, sempre vislumbrando como eu quero ser reconhecido ao final do período (esta frase está nos slides, inclusive). O alinhamento entre a situação atual e a desejada conduz o processo de mudança e, a partir daí, partimos para as estratégias. Até aqui, não há grande novidade para os RPs de plantão, tão acostumados a traçar planos desde criancinha. O ponto de virada não está no caminho, mas no aprofundamento de cada processo. A Ale e a Fabi mostraram tabelas para diagnósticos de cenários, planilha para preenchimento das fases das organizações e uma gama muito diversificada de metodologias que nos fazem ver porque comunicação interna é uma área tão complexa. As segmentações continuaram na fase de desenvolvimento da transformação a partir do diagnóstico, oferecendo o passo a passo para que o profissional de comunicação entenda as relações interpessoais e de cultura da sua empresa para oferecer soluções eficazes.

Além de olhar para a organização, os alunos foram convidados a analisar também a estrutura da área de comunicação em que trabalham, verificando em qual nível — tático, estratégico ou político — estão. E, mais uma vez, receberam material norteador para análise.

Depois de termos todos os dados de análise disponibilizados, chegou a hora de ouvirmos sobre o plano de comunicação interna. E a primeira frase foi: não existe fórmula única. Antes de traçarmos as ações estratégicas, é preciso ter em mente a coerência com a cultura da organização, considerar o planejamento do negócio, ter uma referência de formato e escolher o ponto de partida. Isso porque o plano de comunicação depende de muitas variáveis, como os recursos humanos e financeiros, por exemplo. O mapeamento dos processos relevantes culturais, estratégicos e processuais é essencial para consolidarmos o plano sob uma perspectiva viável. O mapa da empatia, pensado para que o profissional responsável pelo plano consiga sentir a visão de cada núcleo de empregados, dependendo de sua função e/ou geografia, é uma ferramenta maravilhosa para o mapeamento de públicos, assim como a nuvem de palavras, que o complementa no âmbito estratégico. Seja como for, a construção de um mapa mental a partir desses métodos consolidados vai basear ações muito mais eficazes para as organizações. A partir daí, será mais fácil definir o que, quando e como falar com cada público interno. Hoje, a construção do planejamento se dá pelo grupo ou, nas palavras das profes: “planejar é conjurar o futuro a partir da energia mental coletiva”. E, calma, elas não se esqueceram de trabalhar bastante a mensuração de resultados, fechando o ciclo de planejamento estratégico perfeitamente.

A bibliografia indicada foi mara também! Quem se interessar em saber quais são os livros indicados pela Fale Consultoras, pode deixar um comentário e a gente envia os nomes de cada livro e autor (aham, queremos ver vocês interagindo mesmo ;). Beijos e até o próximo evento!

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