Os movimentos sociais, a mídia e a opinião pública

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Foto: Divulgação[/caption]

Ao longo da última semana, começamos uma série sobre os temas das monografias que serão defendidas a partir de terça-feira (dia 1) e que será nosso passaporte para, enfim, virarmos profissionais de Relações Públicas. E hoje, é a minha vez de contar um pouco mais sobre o meu TCC, intitulado: Opinião Pública, mídia e movimentos sociais: os jovens e o MST em tempos de sociedade em rede.

O tema escolhido por mim veio a partir da curiosidade de saber como os jovens formulam sua opinião sobre os movimentos sociais, principalmente no que se refere ao MST. Essa inquietação surgiu a partir de duas matérias na faculdade, a de Comunicação Rural e Comunicação Comunitária e, ligando uma a outra, consegui (claro junto com a minha orientadora) chegar ao tema final.

A construção do meu referencial teórico partiu de um estudo sobre o que já havia de publicação sobre o tema. Pesquisei diversas monografias, dissertações e teses, para conhecer os autores mais utilizados e saber o viés mais abordado nesses trabalhos. Após esse processo, o processo de criação dos capítulos foi surgindo naturalmente — claro após muitas leituras, a dificuldade surgiu pelo pequeno tempo que temos de leitura, análise dos textos, interpretação até chegar o processo de colocar no papel as ideias perpassadas pelos autores.

Os capítulos teóricos foram divididos em Opinião Pública, Mídia e Movimentos Sociais (MS). O primeiro capítulo falou sobre OP onde abarquei além do conceito da mesma, o processo de sua formação e da criação esfera pública. O segundo abarcamos os processos midiáticos, além de subdividi-los em mídias tradicionais, mídia alternativa e novas mídias. Já no terceiro, entrei na história e formação dos MS e na diferenciação de termos como mobilização social e movimentos sociais.

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No processo metodológico veio pra suprir a problemática, de investigar como se forma a opinião dos jovens sobre os movimentos sociais, dessa forma, achamos mais adequado utilizar a pesquisa de opinião pública. O público escolhido foi os jovens de uma escola de ensino médio localizada na cidade de Ronda Alta, no norte do estado do Rio Grande do Sul e que possui uma forte ligação com o MST, já que lá está locado um dos primeiros assentamentos por resistência do movimento.

A pesquisa contou com a amostra de 157 entrevistados, de um universo de 258 alunos do ensino médio. As perguntas foram divididas em gênero e de comportamento, os questionamos sobre o consumo de mídia e de conhecimento de movimentos sociais e das ações do MST.

Ao longo desse processo percebi que há muito mais para se investigar sobre a temática e, que temas de discutibilidade pública nos faz repensar o quão estamos prontos para mudanças e para fazê-las. E que se manter imparcial quando escrevemos sobre temas polêmicos é a parte mais difícil da escrita, porém sempre essencial.

O TCC não é um bixo de sete cabeças, o que é preciso para vencê-lo sem estresses é organização e dedicação. Seguir os prazos, deixar um pouco as festanças de lado e estabelecer uma meta de quantas páginas você vai escrever por dia. Determinação, escrever algo de que se gosta e principalmente a dedicação é o que todos devem seguir durante o processo de escolha do tema até a escrita da monografia.

O resultado da pesquisa? Esse eu deixo para aqueles que irão assistir a minha defesa no dia 2 de julho às 9h30min na UFSM campus de Frederico Westphalen e, estendo meu convite a todos nossos leitores.