Storytelling e a arte de contar histórias

Mary Gabriela
Fantástico Mundo RP
4 min readFeb 23, 2017

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Saiba tudo o que aconteceu no 1º Encontro Aberje do Noroeste Paulista em São José do Rio Preto!

Essa semana aconteceu o 1º Encontro Aberje do Noroeste Paulista em São José do Rio Preto, um evento que inaugura a ação do Capítulo da Aberje (Associação Brasileira de Comunicação Empresarial) pela Ligya Aliberti, responsável pela Agência Multivias e pelo Comuninter, uma iniciativa que visa aproximar os profissionais e fortalecer a comunicação em nossa região.

foto Mary Gabriela

Para marcar essa grande conquista, Rodrigo Cogo, um Relações Públicas querido, veio até a cidade para falar com profissionais de Comunicação, Recursos Humanos, empresários e entusiastas da área sobre Storytelling.

O tema é muito importante e em duas horas Rodrigo conseguiu despertar e estimular uma discussão sobre as práticas realizadas e novas aplicações dessa estratégia nas empresas.

Tietando sem medo de ser feliz! =)

E o Fantástico Mundo RP esteve presente, representado por mim, para compartilhar com você o que rolou nesse encontro incrível.

Obesidade da informação

Logo no início fomos lembrados de que somos bombardeados e carregamos demais o nosso público com informação. Atrair, conectar e memorizar a mensagem passam a ser os nossos maiores pesadelos. Estamos ficando atordoados com tanta informação.

Com certeza enquanto você lê esse texto você já deve ter olhado o whatsapp, assistido a uma matéria no jornal e até falado com alguém, são os dispersores de atenção e eles nunca vão embora, pode ter certeza.

Para facilitar a memória e organizar os conteúdos surgiu o storytelling como estratégia adequada para lidar com tantos dispersores.

Há muito tempo usado como estratégia da pedagogia, o storytelling surgiu para atrair a atenção de adolescentes hiper conectados e ansiosos. A psicologia também faz uso de narrativas do passado para analisar o presente.

Com as narrativas de histórias reais ou ficcionais o indivíduo se conecta e tende a memorizar melhor a mensagem passada. “Mas é preciso ter limites nas emoções que pretende gerar”, uma história deve transmitir uma informação da organização e não deve causar grandes traumas.

“Moda” da memória

Pesquisas apontam que resgatar o passado é uma tendência do brasileiro. Muitos anos no mercado passou a ser um grande diferencial para todas as gerações de consumidor, ou seja, empresas mais antigas representam mais credibilidade e confiança para o brasileiro.

O passado é sempre um lugar melhor porque eu reelaboro ele!

Embora o passado tenha traumas registrados, ele sempre será um lugar mais feliz que o presente. As memórias são reorganizadas e a superação do trauma passado dá uma sensação mais leve do que aquela vivida nos dias de hoje.

Exatamente por esses motivos, somada à saturação da forma tradicional das marcas se relacionarem com o consumidor, que as histórias são mais bem recebidas na comunicação e assim as narrativas estão cada vez mais frequentes no ambiente organizacional.

Storytelling nas organizações

Não é porque você colocou uma foto de um funcionário no comunicado que você está usando storytelling na empresa.

foto Comuninter

Um ponto muito importante, destacado no encontro, é que mesmo quando as empresas colocam um empregado para ser o porta voz nos canais de comunicação, na grande maioria são os CEOs e executivos. Além de ser pouco representativoa, essa estratégia não conecta com a realidade dos demais funcionários.

Outro dado apresentado, muito interessante também, é que na Comunicação Interna, geralmente, 60% do conteúdo gerado vem de demandas da alta gestão.

Mas antes das organizações adotarem o storytelling como estratégia, é fundamental fazer uma reflexão e verificar se a cultura da empresa saberá receber bem as histórias que marcaram a vida da companhia. Em alguns casos as histórias podem ser transformadas em piadas e brincadeiras internas e constranger quem as contou e está envolvido nela.

Comunicação Higienizada — beira à ficção

Para encerrar o encontro, discutimos sobre o real e a ficção. Há vários casos famosos como o Suco do Bem ou Sorvete Dilleto, que usaram uma história inventada e/ou falsa para comunicar a história do produto e da marca e um ponto foi levantado para discutir.

Todo storytelling precisa ser real?

Segundo Rodrigo Cogo, todo ficcional tem um pouco de real e vice e versa. Mesmo o que é inventado traz a tona questões e experiências já vividas por outras pessoas. O que é preciso atentar-se é na “comunicação higienizada”, aquela sem erro e imperfeições que nós buscamos todos os dias. Muitas vezes essa comunicação limpa e imaculada pode transmitir uma falsidade e encenação e a credibilidade da mensagem cai por terra.

Eu saí do encontro com muita vontade de aplicar essa estratégia no meu próximo trabalho, enquanto isso não se concretiza, compartilho com você alguns exemplos passados pelo Rodrigo, separe um lencinho porque eles são muito fofos.

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Mary Gabriela
Mary Gabriela

Written by Mary Gabriela

Relações Públicas — Especialista em Comunicação Interna. conteudista do “Fantástico Mundo RP”, conselheira do Conferp e Gerente de CS da “SimplificaCI”.