Postmortem de projeto: Sick Love

FoG ICMC-USP
Blog do FoG — Fellowship of the Game
3 min readSep 20, 2019

Autor: Ricardo Luiz Cardoso Menezes (Pequi)

Semestre: 2019.1

Equipe:

  • Jorge Luiz (Batima): Músico
  • William (Dreamer): Artista visual (cenários)
  • Leonardo Maronezi: Artista visual (character design)
  • Gabriel Arantes (Lombardi): Artista visual (character design)
  • Leonardo Pereira: Roteirista e programador
  • Ricardo Luiz (Pequi): Roteirista e líder

Disponível em: https://fog-icmc.itch.io/sick-love

Sobre o jogo:

Sick Love é uma visual novel feita usando o motor de jogos Ren’Py que conta a história de um calouro universitário possuindo três heroínas sendo possível estabelecer um relacionamento estável com qualquer uma delas na primeira parte do jogo. Durante a segunda parte do jogo o jogador se encontra em um relacionamento abusivo e seus sinais, cabendo ao jogador perceber esses problemas e terminar o relacionamento.

Diálogo in-game mostrando uma das personagens, Mariana, que gosta de histórias de super-heróis

O que deu certo:

  • Uso do Ren’py: com o uso do Ren’Py não foi necessário gastar tempo programando um sistema próprio de visual novel, sendo o Ren’Py completo, gratuito e de fácil uso.
  • Estruturação das rotas: no início da produção do jogo foi realizada um reunião entre os roteiristas onde decidiu-se quantos encontros seriam feitos e quem os faria, com isso pode-se sempre ter um parâmetro claro de evolução do projeto sendo mais fácil perceber possíveis atrasos de projeto.
  • Membros experientes: uma vez que todos os membros já haviam participado de outros projetos tendo clara noção do funcionamento e desenvolvimento de projeto foi possível estabelecer objetivos e datas que foram seguidas.
  • Boa convivência dentro da equipe: uma vez que os membros, em sua maioria, já se conheciam e tinham uma boa convivência foi possível criar um ambiente descontraído, não sendo necessária uma grande imposição do líder.
  • Playtest: rapidamente foi criada uma versão jogável disponível, sendo possível obter diversos feedbacks que foram levados às reuniões a fim de aprimorar o jogo.
Essa é Sofia, a personagem que gosta de ler contos de terror

O que deu errado:

O único ponto que se mostrou “negativo” foi o fato de haver dois escritores e dois artistas de character design, se mostrando perceptível as diferenças de estilo em trechos diferentes do jogo.

Um problema que foi percebido ao longo do desenvolvimento do projeto é o fato da documentação do Ren’Py, mesmo que existente, muitas vezes se mostra rasa, não sendo suficiente para solucionar algumas possíveis dúvidas, mas esse problema é facilmente contornado por seus ativos fóruns e desenvolvedores que costumam estar dispostos a tirar possíveis dúvidas.

Conclusões:

Em geral o projeto foi um sucesso, uma vez que conseguiu-se cobrir seu escopo inicial, sendo possível até realizar features adicionais. As diferenças de estilo de arte e escrita foram problemas conscientes, tendo total noção que caso não houvesse uma equipe desse tamanho não seria possível concluir o projeto com todas suas features.

Gostaria também de salientar a importância da estruturação dos eventos que serão narrados, sendo muito fácil se perder na escrita na ausência de delimitações bem definidas, marcando não só quantos eventos serão redigidos como a temática de cada um, o que muito acelera o processo de criação.

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Grupo de extensão da USP-São Carlos voltado para o desenvolvimento de jogos