A geração Z e o consumo

A geração mais consciente e, ao mesmo tempo, mais bombardeada pelo marketing digital

Daniele Candido
Fora da Caixa
3 min readNov 26, 2019

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Os millenials são os pertencentes da famigerada geração Y. Sobre eles foi dito de tudo: não aceitam regras; esperam ser promovidos rapidamente; sem paciência ou limites. Também são a geração que cresceu junto com a internet, e viu a revolução digital acontecer diante de seus olhos enquanto entravam na puberdade. E foi mais ou menos nessa época, em que começaram a quebrar alguns tabus e barreiras; a lutar pela igualdade e a repudiar qualquer tipo de discriminação. Mas, a bola da vez é a Geração Z.

A geração de pessoas nascidas entre final dos anos 1990 até o início do ano 2000, constituem a primeira geração que nasceu na era digital, completamente conectada, e não faz ideia do que é o mundo sem internet. São jovens capazes de viver múltiplas realidades, presenciais e digitais ao mesmo tempo. Isso os tornam um poderoso grupo de consumidores; seja influenciando os pais, no caso dos mais novos, ou os que estão entrando no mercado de trabalho.

Não à toa, já que são os mais atingidos pelos digital influencers, que são hoje o principal meio de divulgação das marcas, desde as pequenas até as maiores empresas do mundo. Sendo mais inquieta e menos fiel as marcas, eles ganham a atenção e relevância do mercado e das empresas que buscam conhecê-los cada vez melhor, para desenvolver estratégias para atingi-los. As redes sociais tornaram-se a principal ponte entre eles e os jovens consumidores.

Segundo estudo realizado pela Sprout Social, empresa de gerenciamento de redes sociais, em 2018, 74% dos consumidores se orientam por meio de suas redes sociais para realizar uma compra. É um novo estilo de marketing que desempenha um papel mias influente e estratégico, principalmente nos mais jovens, que são os que passam mais tempo conectados. O Instagram e o YouTube são as plataformas prediletas dessa geração, e foi onde nomes como Nah Cardoso e Whindersson Nunes ganharam destaque e são hoje celebridades.

A Nah Cardoso, de 26 anos, possui oito milhões de seguidores no Instagram e um pouco mais de três milhões inscritos no seu canal do YouTube, e dona de um escritório e uma equipe própria, hoje ganha (muito) dinheiro fazendo parcerias com marcas de todo tipo: esmalte, maquiagem, supermercados e até rede de fastfood, mas, provavelmente, o que mais rende likes e views, são as parcerias com marcas de moda jovem. E essa publicidade feita de forma leve e divertida, atinge em cheio a geração nascida com — ou quase — com o celular nas mãos.

Sustentabilidade e consumo consciente

Apesar de mais expostos as publicidades virtuais, algumas das principais características citadas em estudos sobre essa geração é que são mais conscientes e menos egoístas que a Geração Y, se preocupam com a sustentabilidade e estão dispostos a não pagar por produtos e serviços que podem ser encontrados gratuitamente.

Mais preocupados com o meio ambiente, procuram por marcas e produtos que contribuem para um mundo melhor, avaliam a necessidade de adquirir um novo produto e exigem mais transparências das marcas.

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