Cinema para todos
Deficientes auditivos e visuais contarão com recursos nas salas de cinema em 2020
Acessibilidade para deficientes auditivos e visuais nunca foi uma regra para as salas de cinema de todo o mundo. No entanto, a partir de primeiro de janeiro de 2020, o Brasil será o pioneiro no ramo, com a obrigatoriedade de todas as salas de cinema do País a disponibilizarem recursos para os deficientes acompanharem um filme como qualquer outra pessoa. A medida acontece após uma Instrução Normativa (128/2016) da Agência Nacional do Cinema (Ancine).
Para os deficientes auditivos, segundo a portaria determinada pela Agência, as salas de cinemas haverão de ter “janelas” com intérpretes para a realização simultânea da tradução da Língua Brasileira de Sinais (Libras), além de contar com a “lendagem” descritiva.
Já para os deficientes visuais, as salas contarão com aparelhos de “audiodescrição”, no qual o objetivo será para contar a narrativa do filme, as características dos personagens, cenários, além das expressões emocionais que compõem o enredo. Para isso, os sinais dos aparelhos devem ser via FM ou Wi-fi.
Durante esse ano de 2019, cinemas do Brasil já disponibilizaram os recursos necessários para os deficientes assistirem filmes, em uma fase de adaptação da medida. No estado de São Paulo, por exemplo, há cinemas com esses aparelhos, como o Moviecom Jaraguá, em Araraquara, o Cinesystem Litoral Plaza, na Praia Grande, e o Espaço Itaú de Cinema Pompéia, na capital paulista.
Com a determinação, a inclusão social desses deficientes será o ponto primordial da evolução cinematográfica brasileira, faltando menos de dois meses para a medida entrar em vigor. De acordo com o secretário-executivo da Ancine, João Pinho, já há relatos de pessoas realizadas com a evolução nas salas de cinema, já que nunca tinham assistido um filme no cinema devido à deficiência. “A gente vê que está impactando positivamente a vida dessas pessoas”. Graças à essa iniciativa da Agência, o cinema será para todos.
