Ganhar dinheiro viajando

Plataforma Grabr funciona como um programa de recompensas: o viajante traz produtos para outras pessoas em sua mala

Giovanna Romano
Fora da Caixa
3 min readNov 27, 2019

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(Créditos: Reprodução/Pexels)

Na era da economia compartilhada, dividimos tudo: carros, apartamentos, espaços de trabalho. E por que não dividir o espaço sobrando na sua mala de viagem e ganhar dinheiro com isso? Essa é a ideia da Grabr, plataforma que conecta uma pessoa que queira comprar algo de outro país e o viajante que esteja no destino — ato apelidado de crowdshipping.

A Grabr foi criada em 2015 pelo casal russo Artem Fedyaev e Daria Rebenok em uma situação parecida com a dos usuários do aplicativo: na Califórnia, onde moravam, eles não conseguiam encontrar um vinho que só vendia na Espanha. Assim, tiveram a ideia de criar um compartilhamento de bagagem pela internet (e assim nasceu o crowdshipping Grabr).

A startup já possui mais de 800 mil usuários ativos. A Grabr cresce 20% ao mês e já atendeu mais de 1,3 milhão de pedidos. O maior mercado do casal é o brasileiro em busca de produtos internacionais ou de uma renda extra. Os usuários do Brasil correspondem a 37,5% do total.

(Créditos: Divulgação/Grabr)

Para Michele Chahin, embaixadora da Grabr no país, pode ser lucrativo para o viajante brasileiro que deseje esta renda extra. “De acordo com os dados da nossa plataforma, o Brasil é um dos destinos que mais recompensam os viajantes, com uma média de ganhos de US$ 200 por viagem”, explica.

Como funciona?

Em um computador ou um celular, o usuário faz o cadastro na plataforma. Caso seja uma pessoa interessada em comprar uma mercadoria em outro país, será preciso identificar o produto que deseja e o país de onde quer trazê-lo. Para completar o pedido, deve inserir o endereço de uma loja online que tenha a mercadoria no estoque. Também precisará informar o valor.

A partir dessas informações, o viajante cadastrado que esteja no destino escolhido — e que irá voltar do exterior — é notificado para comprar e trazer a encomenda. O turista indo ou voltando dessa localidade traz o produto e ganha um “taxa de recompensa”, negociada com base no preço do produto.

Para garantir a segurança das transações, a Grabr faz o intermédio de todo o processo. O valor da comissão só é liberado após a entrega ser efetuada. Ainda, a plataforma reembolsa os valores pagos em caso de problemas.

(Créditos: Divulgação/Grabr)

O professor Tassio Luz começou a usar a plataforma como comprador para conseguir comprar muambas internacionais. Vendo o sucesso de vendas de alguns usuários, ele decidiu começar a usar a plataforma como viajante.

“Eu amo viajar, mas os gastos com passagem, hospedagem e passeios acabam pesando no bolso, ainda mais com a alta do dólar, mas quando descobri o Grabr fiquei mais aliviado, pois eu acabo lucrando quando viajo”, conta.

Tassio observa que conheceu pessoas que tornaram o crowdshipping uma profissão — eles trabalhavam viajando e trazendo encomendas pela Grabr. “Fiz ótimos contatos por causa do aplicativo. É divertido! Algumas pessoas me contaram que gostaram tanto da experiência que hoje vivem disso”, finaliza.

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Giovanna Romano
Fora da Caixa

jornalista, comunicadora, atriz, roteirista, cinéfila e feminista.