Scootermania — a vez das motos elétricas

Mais uma opção compartilhada sobre duas rodas chega à capital paulista

Paula Leal
Fora da Caixa
3 min readNov 14, 2019

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Cada vez mais empresas de transporte estão apostando suas fichas na ideia de que ter um carro é coisa do passado. Os custos e despesas com manutenção parecem não compensar mais o prazer de ter um carro só para chamar de seu.

As grandes cidades sofrem com o trânsito caótico e o transporte público é insuficiente para atender toda a demanda. É nesse cenário que surgem alternativas para facilitar o deslocamento de quem precisa ir de um lugar ao outro diariamente.

As bicicletas e patinetes já são conhecidas do público, pelo menos de quem mora na capital paulista. Neste ano, surge no mercado mais uma opção de transporte compartilhado — a scooter. Elétricas, as pequenas motonetas prometem deslocamentos rápidos e baratos, sem poluir o ambiente. O Riba Share, serviço de aluguel de scooters, chegou ao Brasil apostando no potencial do consumidor brasileiro.

É o caso da analista financeira Wana da Silva, de 34 anos. Ela vendeu o carro há dois anos e se reveza entre o transporte público, o uso de patinetes e mais recentemente, de scooters. “É mais rápido e seguro do que as patinetes” afirma. Wana conta que não sente falta do carro próprio e que chega a utilizar a scooter mais de uma vez por dia.

O usuário pode rodar com o veículo do Riba Share em qualquer área, mas obrigatoriamente tem de devolvê-lo dentro da área de atuação da empresa, caso contrário não conseguirá encerrar a viagem. “É uma pena que ainda não estenderam o serviço para outras regiões da cidade”, lamenta a analista, que circula entre os bairros de Moema e Vila Olímpia.

A Riba Share opera sob o conceito dockless, ou seja, sem estações fixas, o que barateia o custo de implantação e dá mais liberdade ao usuário.Um aplicativo deve ser baixado no celular para cadastramento do usuário, que precisa mandar cópia da CNH e obrigatoriamente tem de ter habilitação na categoria “A”.

Também é preciso inserir um cartão de crédito para pagar pelas viagens. Por meio do app o usuário localiza os scooters mais próximos e também confere a carga da bateria e a autonomia — que é de 90 km.

Ainda pode reservá-lo gratuitamente, pelo período de 15 minutos — o tempo calculado pela Riba Share para o usuário se deslocar até onde está o scooter. O valor mínimo é de R$ 5,90 por 10 minutos. Após esse tempo, é cobrado R$ 0,59 por minuto utilizado.

Além da economia de tempo, o scooter elétrico não polui — e a vida útil da bateria é estimada em 5.000 ciclos ou três anos de operação. “Acredito que o carro não vai nos mover no futuro”, conclui o CEO da Riba Share, Fernando Freitas.

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