Tecnologia em prol do animal
Uma plataforma de inteligência artificial que racionaliza testes da indústria em animais
Os testes das indústrias em animais sempre foram contraditórios no mundo e no Brasil. Para contornar essa situação, a Altox Alternative Toxicology criou uma plataforma de inteligência artificial com métodos alternativos para se chegar na mesma conclusão de testes relacionados com operações em animais.
Como aponta a própria empresa, o intuito é proporcionar aos empreendimentos um status de conformidade alinhando ao bem-estar animal, com o experimento da toxicidade de moléculas em forma digital, chamado in silico, em organizações públicas e privadas, sendo a primeira plataforma desse modelo da América Latina.
A tecnologia, com o uso do software, ajuda em diversos laboratórios a eficiência de testes em cosméticos, alguns medicamentos, além de produtos agrícolas, sem a necessidade do experimento no animal, através de uma série de dados que reúne parâmetros nacionais e internacionais. Além disso, conta com o auxílio de outras formas alternativas, como a pele artificial, combinando os dois experimentos e chegando à uma conclusão mais eficaz. Como explica o farmacêutico e diretor técnico da Altox, Carlos Eduardo Matos, há máquinas que a atividade computacional dá um resultado de toxicidade em trinta segundos.
No entanto, o teste in silico ainda não é capaz de detectar todas as toxicidades necessárias para extinguir os experimentos em animais. Por exemplo, a pré clínica de novos medicamentos precisam ainda de testes em animais para saber o efeito após a ingestão, para assegurar a saúde pública da população.
Para tudo isso acontecer, há o Conselho Nacional de Controle de Experimentação Animal (CONCEA), que é o órgão responsável por reconhecer métodos alternativos de experimentos. Após esse primeiro processo, há os órgão reguladores de indústrias específicas como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), e Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA).
(Com colaboração de Vinícius Santos)