A arte como inspiração e mudança na vida de crianças e adolescentes; confira as histórias

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3 min readJun 6, 2017
Kataryna Keilla vestida com sua roupa de balé que usa na Contação da Rua. Foto: Heloysa Andrade

Por Heloysa Andrade

Às vezes se descobrem ainda na infância, na adolescência ou até mesmo na vida adulta. Ela está presente em todos os lugares do nosso dia-a-dia: em gestos, pinturas, muros, teatros, novelas, ou em qualquer outra atividade que traga a arte como o seu principal propulsor de manifestação da criatividade.

Muitas crianças e adolescentes se descobrem artistas com o passar do tempo e até encontram em si outros dons que nem sabiam que existiam. Alguns se descobrem na dança, outras na pintura, na música, na contação de história, no teatro, além de outras áreas que a arte pode abranger.

As atuações no universo artístico fazem com que os jovens possam mudar as percepções iniciais, podendo, por exemplo, iniciar como um cantor e depois se tornar também um dançarino. Deste modo, a estimulação da arte na vida dessas crianças e adolescentes abre o campo da imaginação e vai unindo as habilidades em outras áreas na arte.

Uma dessas jovens que se encontrou na arte é Kataryna Keilla. Aos 15 anos, ela é bailarina e cantora do grupo Contação da Rua, que promove a literatura para crianças e formado por seis artistas e foi criado por pessoas que moram na mesma rua, ou nas proximidades, por isso o nome. Alberto, seis anos, representa a personagem Rafinha; Paulo, 20 anos, é responsável pela personagem Rafa; Valeria Rodriguez manuseia a personagem Carmelita; Danielle Gomes é contadora de histórias; Maria Fernanda, 15 anos, é cantora do grupo e Kataryna é bailarina e cantora.

Além da contação de histórias, o grupo também apresenta os fantoches, danças e músicas, sempre de forma lúdica envolvendo as crianças e adolescentes que assistem - e também as que fazem parte do grupo. Danielle Gomes, que deu início ao projeto, sempre pensou na literatura como uma forma de transformar o universo das pessoas desde a infância. No áudio a abaixo, ela conta como começou a Contação da Rua.

Através da ludicidade e de brincadeiras que chamam atenção das crianças, a contação desperta a curiosidade e ativa o imaginário de quem acompanha. Acontece em locais públicos, como praças, mas também é realizada, em uma periodicidade menor, na Rádio Tabajara, na TV UFPB e no canal do Youtube.

Personagem Dany Danielle conta história em evento em João Pessoa. Foto: Heloysa Andrade.

No vídeo abaixo, Kataryna, que sempre foi fã da contação, conta como ingressou no grupo, se descobriu cantora e uniu seus anos de balet clássico à sua voz para fazerem parte da Contação da Rua.

Por outro lado, Manuela Iranzi, dez anos, nasceu em uma família de “brincantes que saem por aí levando a alegria do circo, da brincadeira e do amor para as pessoas que acompanham”, como o pai Junior Iranzi costuma dizer. Toda a família faz parte do grupo Los Iranzi e cada um dos filhos, desde pequenos, já participam como palhaços, malabaristas e andam em pernas de pau. Eles se apresentam em festivais e em praças por iniciativa própria ou quando são chamados.

Confira no vídeo abaixo, o pai Junior Iranzi e sua filha Manuela Iranzi, a palhaça Cochinha, falando sobre a importância da arte na vida dessa família de brincantes, o Los Iranzi.

Na música, Beatriz Paiva, 12 anos, é integrante da Orquestra Sinfônica Infantil da Paraíba e encontrou uma forma de ser mais extrovertida através do violino. A menina não pretende continuar na música no futuro, mas fala da importância da arte para ela e as mudanças na sua própria personalidade após se tornar violinista.

Neste vídeo, Beatriz toca um trechinho de música em seu violino:

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Blog produzido e atualizado pelos alunos do curso de Jornalismo da UFPB como parte do trabalho prático da disciplina de Webjornalismo.