O Elixir de Baco

RPGVEMBER 2019/1

Edu Morcillo
forjadeaventuras
3 min readNov 2, 2019

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Século 17, um grupo de nobres funda uma espécie de clube, onde se reunia para comemorar seus ganhos, trocar experiências, manipulações e garantirem seu status na sociedade.

Para que essa sociedade não chamasse a atenção, eles se intitularam o Elixir de Baco, cujo brasão consistia em um instrumento químico: um balão de fundo redondo. Festas extravagantes eram realizadas onde dizia-se acontecer os mais diversos pecados.

Essa sociedade se manteve por muitos anos, mas foi perdendo poder e prestígio em meio às suas festas. Porém, no fim do século 18, afim de reanimar essa sociedade e renovar seu poder, um membro trouxe como solução para as fileiras do grupo um alquimista. Edmond Jorer tinha ideias arrojadas sobre a manutenção de fortunas por meios alquímicos.

Inexplicavelmente, depois de sua entrada no grupo, os negócios dos membros começaram a ganhar destaque. E, novamente, a fortuna foi tomando os velhos salões da sede do Elixir de Baco.

Diferente do passado, a sociedade se tornou discreta. De tempos em tempos, eles agrupavam novos participantes, que não faziam parte de nenhuma família nobre ou de posses. O verdadeiro objetivo disso nunca foi descoberto.

Nessa época começaram a surgir boatos de que os membros do grupo e os portadores da fortuna não morriam. Suas heranças eram passadas continuamente entre os membros da família, filhos e netos, sempre com uma caraterística aristocrática evidente: o nome seguido pela sua numeração sucessória (Ferdinand I, Ferdinand II, Ferdinand III, Ferdinand IV e assim sucessivamente).

Neste mesmo momento, a sociedade passou a ser representada por um novo brasão, o mesmo balão de fundo redondo, agora com uma serpente com os dentes escorrendo veneno para o receptáculo.

Foi então que, no século 20, com a comunicação mais difundida, o Elixir de Baco encontrou sua volta à mídia. Um grupo de 30 pessoas mortas, todas elas em sacrifício, foi encontrado em uma floresta. O único elo que existia entre elas eram parentes que pertenciam ao Elixir. Muito foi especulado na época, mas nada foi comprovado.

Século 21, onde nossa aventura começa, por algum motivo, uma sede do Elixir de Baco se fundamenta na cidade dos jogadores, aproximadamente cinco anos antes. Rumores já tomam conta da cidade. Uma coisa é certa: um ciclo de um século está para se concretizar desde o terrível massacre ao qual a sociedade foi relacionada.

Proposta de aventura:

  1. Algum dos personagens tem um parente que foi recrutado pelo Elixir. Esse parente teme pela própria vida e possui em sua casa diversas anotações sem sentido.
  2. As atividades do Elixir estão cada vez mais ativas, chamando a atenção de todos.
  3. Um assassinato antecede o sacrifício e começa uma corrida para um novo recrutamento. Um dos personagens pode ser abordado para ser recrutado.

Algumas informações:

a) Existem boatos de que os membros do Elixir são eternos.

b) Apesar de possuírem dinheiro, todos eles são aversos à fama. Nenhum deles é um famoso da atualidade; são sempre ricos e poderosos “secundários”.

c) Dizem que o alquimista Edmond Jorer ainda caminha pelos salões do Elixir e que, de tempos em tempos, muda de lugar.

d) Uma grande estátua de Baco sendo servido por um homem-serpente marca a entrada da sede da sociedade.

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Edu Morcillo
forjadeaventuras

Admirer of comics, books and RPG since childhood. I put my creativity into practice writing, design and illustration; through the interpretation of what I see.