Heroínas da Guitarra
O portal UOL publicou o minidocumentário sobre a guitarrista Lucinha Turnbull, que tocou com Rita Lee na banda Cilibrinas do Éden, com Gilberto Gil e ajudou a construir a música nacional. O filme, que pode ser visto aqui, é de Zé Mazzei e do ex-VJ da MTV Luiz Thunderbird.
Lucinha é considerada a pioneira da guitarra no Brasil. Ela teve contato com o rock no período que morou em Londres (o pai é escocês).
A questão de mulheres instrumentistas no movimento iê iê iê e nos primórdios do rock nacional é algo que sempre me deixa curioso quando faço as minhas pesquisas/leituras sobre Jovem Guarda. Não há muita referência sobre elas. E no campo de comentários da matéria do UOL sobre o minidocumentário, uma galera levanta alguns nomes:
Concordo que tem uma enorme técnica e qualidade artística. mas pioneira??? MUITA MENTIRA! Só ara ter idéia, nos anos 1965 já existia, entre outros, um grupo só de mulheres no movimento Jovem Guarda, As Oncinhas.
e tem mais:
Na década de 60, em Itapetinga Na Na década de 60, em Itapetinga Bahia, já tinha uma banda de Rock só de mulheres. Vcs precisam pesquisarem melhor.
ou:
Acho que esse dado sobre o pioneirismo de Lucinha precisa ser confirmado. Ela tem grande valor, mas Thereza da Conceição, hoje Thereza Martins (sobrenome de casamento com o meu pai), 84 anos, pode ser a primeira guitarrista do Brasil. Tocava um Gibson Les Paul nos anos 1950, na “cortina musical” da extinta Tv Tupi. Não era fácil naquela época, pois além de mulher-guitarrista , era negra e órfã. Thereza Martins é verbete do Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira.
Saí catando na internet mais informações sobre os grupos mencionados, com exceção do grupo de Itapetinga, pois o comentarista fez o favor de só dar um puxão de orelha quando poderia ter dado mais detalhes sobre banda.
Essa matéria do Senhor F menciona 3 bandas brasileiras compostas só por mulheres nos primórdios do rock no Brasil: As Oncinhas, As Brasas e As Cheyenes. E só.
Alguém tem mais informações? Vai ser objeto de pesquisa e possível assunto pra outras newsletters.
Enquanto isso, fique com o som d’As Oncinhas: