Bar Odeon
Caué Machado, Juliana Brizola, Laura Rosa e Priscila Farfan Barroso
Ano: 2008
Categoria: Formas de Sociabilidades
Palavra-chave: Boemia
Resumo: Ensaio construindo a partir de três meses de pesquisa etnográfica no bar Odeon, na área central da cidade de Porto Alegre/RS, e que se apresenta sob o olhar da Antropologia Visual e da imagem, através de narrativas de coleções fotográficas.
Tom, o garçom: “Trabalhar no Odeon… é outra coisa! A música! É muito bom!”
Distribuindo sorrisos e servindo as mesas conhecemos Tom, que parece conquistar a intimidade de todos com sua simpatia e seu sorriso sempre aberto. Este é o seu modo de atender. Ao servir chopes, preparar caipirinhas e outros drinks, a impressão que passa é de diversão. Quase todos que adentram o bar são seus conhecidos e os que não são ele recebe como se fossem. O ar maroto e jovial revela o primeiro de seus talentos, o de deixar as pessoas à vontade.
Com seus comentários jocosos vai tecendo amizades com o grupo no decorrer da pesquisa, que acaba por revelar outras facetas de sua vida. A entrada no bar Odeon, por causa de sua sogra Dionara, a pianista que toca no bar às quintas-feiras; a banda de pagode da qual fez parte e o bar que já teve, onde atendia também. Assim, na sua folia, parece que a música o levou ao Odeon, e é ela o que mais gosta no bar. Embora Tom tenha esse ar descontraído, aos poucos vamos percebendo sua a seriedade ao servir. A atenção dispensada a cada cliente e a expressão sisuda demonstram comprometimento e responsabilidade ao atender os fregueses. Entre sorrisos e franzidos encontramos Tom, garçom do bar Odeon.
(extrato diário de campo Priscila Farfan Barroso, Grupo de Trabalho de Etnografias sonoras, compõe parte do registro da publicação O livro do Etnógrafo, Banco de Imagens e Efeitos Visuais/Biev)