Notas sobre o imaginário urbano e social: Observando os muros da cidade de Maputo

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3 min readJun 7, 2018

Tirso Sitoe[1]

Edição n° 4 — Arte urbana

Nos últimos anos, na cidade de Maputo, encontramos grupos que atuam em diferentes frentes ou formas de artivismo que se pautam pela ideia de ocupação temporária dos muros ou paredes no espaço público urbano. Suas atividades, algumas vezes, centram-se na necessidade de dar valor de uso a estes espaços, apelando à paz, vendendo serviços, protestando, realizando campanhas eleitorais mas também de realizando tributo a figuras ligadas a literatura em Moçambique, como a Noémia de Sousa e José Craveirinha, que por essa via são imortalizados. Na verdade, temos aqui a oportunidade de pensar na forma é construído no imaginário urbano e social dos indivíduos, formas existenciais da própria cidade.

[1] Tirso Sitoe é fundador, pesquisador e Diretor Executivo da Bloco 4 Foundation <http://bloco4foundation.org/>. Mestre e pós-graduado em Relações Interculturais pela Universidade Aberta (Uab), Lisboa. A sua dissertação de mestrado explora experiências sobre a forma como o RAP de protesto, constitui um espaço em que os músicos e o público, exercem os seus direitos cívicos e de cidadania em Moçambique pós-colonial.

Em 2012 obteve sua licenciatura em Antropologia pela Universidade Eduardo Mondlane (UEM). A sua pesquisa atual concentra-se em áreas como culturas juvenis, sociabilidades e processos de identificação juvenil; cidadania, activismo e direitos humanos em Moçambique; dinâmicas espaciais e movimentos sociais em contextos urbanos; Música de crítica e protesto social em Moçambique pós-colonial.

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