Kiko Loureiro
12.01.2018, Sesc Belenzinho, São Paulo.
O experiente guitarrista Kiko Loureiro teve sua carreira ligada ao grupo de metal melódico Angra, com o qual gravou dez álbuns, além de vários EPs e singles, até que, em 2015, passou a fazer parte também do Megadeth, banda de heavy metal liderada por Dave Mustaine. Apesar da agenda sempre lotada (além dos shows, Loureiro também faz workshops mundo afora), o guitarrista encontrou tempo e disposição para fazer um show dedicado às composições instrumentais de seu trabalho solo.
Acompanhado de seus companheiros do Angra Felipe Andreoli (baixo) e Bruno Valverde (bateria), Kiko apresentou um repertório que incluiu músicas de seus quatro discos solo: “No Gravity” (2005), “Universo Inverso” (2006), “Fullblast” (2009) e “Sounds Of Innocence” (2012).
Os três instrumentistas possuem um alto nível técnico, e não faltaram oportunidades para que cada um mostrasse do que é capaz, inclusive em momentos solo. Kiko é um cara que sabe lidar com o público e, entre uma música e outra, contou histórias sobre sua carreira e seu processo de composição.
As composições instrumentais de Kiko Loureiro são, claro, muito bem elaboradas, muitas vezes complexas e deixam pistas das influências de seus heróis aqui e ali (Steve Vai, principalmente), que ele soube misturar com rítmos brasileiros ao longo dos anos. Esta mistura bacana pode ser ouvida com mais destaque em seu terceiro trabalho, Universo Inverso, lançado em 2006.
Existe um negócio chamado “música de guitarrista”, aquele tipo que costuma agradar mais a músicos do que às pessoas que não fazem parte do universo musical. O repertório de Kiko tem bastante material que vai meio nessa onda, mas o cara é bem mais versátil do que este rótulo redutor pode sugerir. Tem muita técnica, sim, mas suas melodias e arranjos vão muito além disso.
Encontrei dois vídeos deste show gravados da plateia. Coloquei também em minha conta do Flickr um álbum com as fotos do show:
