A rouquidão e a sensibilidade que mora ao lado
Eu abraço o amor, eu procuro o Eterno
Que longe não está, longe
O amor não está longe
O amor procura um lugar
Ele bate na porta do seu coração
Deixa o amor entrar
Hoje tem Guerra - Marcos Almeida
Meus amigos mais próximos já sabem. É só o tempo virar e bingo: Monalisa costuma ter seus episódios de rouquidão (na verdade, sem voz nenhuma mesmo). Confesso para você, caro leitor, que existem duas coisas que costumam me deixar bem triste: uma é ficar sem poder conversar e ser compreendida (literalmente falando), e a outra é ficar sem docinhos disponíveis.
Mas, assim como essa poesia em forma de música, do Marcos Almeida (tá aí um cantor que amo e admiro), nos diz: “O amor não está longe, ele procura um lugar e bate na porta do seu coração”. Nesses dias em que sou basicamente obrigada a me calar, tenho a oportunidade de ser ainda mais tocada pela sensibilidade e amor do Criador. Ele se mostra ainda mais (para não falar que escancara) tudo Aquilo que Ele é e pode fazer pela minha vida.
Ficar rouca é péssimo para mim, de verdade. Me bate uma melancolia, uma tristeza de não poder falar o que tô querendo aos outros, mas, ainda assim, consigo tirar lições valiosas desses momentos.
Sensibilidade desenvolvida a partir do ouvir, mas ouvir mesmo, com atenção. Conseguir diferenciar vozes, ter outros sentidos ainda mais aguçados e apreciar de uma escuta do outro, daquilo que ele consegue me dizer até nas entrelinhas. Parece meio louco dizer isso mas, quando estou nesses momentos de silêncio, até aspectos ou características que eu não observava, eu passo a enxergar.
O que eu gostaria de deixar a você, que me acompanha aqui nesta leitura é que, independente do momento, o Eterno Deus, Criador dos céus, da Terra e de tudo o que há, inclusive de mim e de você, continua a bater na porta do seu coração, sussurrando em seus ouvidos e usando vozes de outras pessoas para falar com você, mesmo que você esteja silenciado de alguma forma.
Deixa o amor entrar. Ele está a bater.
Só deixa.
