Amor, cuidado e beleza

Carolina Rodrigues
Frestas
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3 min readJul 15, 2020

Você já parou para pensar em quantas coisas deixa de fazer por acreditar que é bobeira, futilidade, invenção de moda ou perda de tempo? Ainda, quantas coisas já deixou de fazer por sempre procrastinar, por “falta de tempo” ou por desorganização com as próprias prioridades e urgências? E mais, quantas coisas você sente vontade de fazer, mas te fizeram acreditar que não é importante ou que você não devia dar tanta atenção assim?

Imagem: Freepik

Hoje eu quero te falar do meu processo pessoal de autocuidado. Durante muito tempo, acreditei que, me arrumar, escolher uma roupa bonita ou passar maquiagem eram bobagens, uma verdadeira perda de tempo. Isso também incluía deixar de passar um creme no corpo, hidratar o cabelo, fazer as unhas com frequência, limpar corretamente o rosto, cuidar da roupa a ser usada… Enfim, aqueles pequenos cuidados que, juntos, formam um combo de auto gentileza e auto carinho.

As desculpas eram variadas, indo além das perguntas que pontuei no começo. Talvez a principal envolvia meu processo de olhar para as questões internas; eu julgava que, para entrar em contato com o Divino que habita em mim, precisava desapegar de toda a minha vaidade e feminilidade.

Fato é que eu parei de olhar para o meu lado mulher, que precisa de atenção, cuidados e pouquíssimo tempo na agenda corrida. Pouco a pouco, fui me distanciando desse aspecto essencial do ser humano. Sim, é humano querer se cuidar e adornar; assim é desde que o mundo é mundo. A vaidade saudável é necessária para comunicar quem somos, o que queremos e para onde vamos.

Muitas vezes, somos soterrados pelas inúmeras tarefas do dia a dia; somos vencidos pelo cansaço; acreditamos que é preciso mais dinheiro; privamos de fazer o que queremos e, até mesmo, de ser o que queremos ser; acreditamos em histórias que nos foram contadas desde a infância e em outras que nós mesmos contamos sem nos dar conta de que estão fundamentadas no julgamento. E, se há uma coisa que, realmente, precisamos abandonar é o tal julgamento; isso sim é, de fato, uma verdadeira perda de tempo.

Fazer as unhas toda semana não ocupa tanto tempo assim na agenda. Perceber que se cuidar não é para quando dá, quando sobra um ‘tempinho” ou para momentos especiais, mas sim uma questão de auto amor e gerenciamento do tempo.

Imagem: Freepik

Ter uma rotina de skincare ou passar uma maquiagem não me fazem menos espiritualizada. Muito pelo contrário. Desde que voltei a olhar para estes detalhes, consegui acessar ainda mais o Divino; afinal, cuidar do “veículo” é também cuidar do “passageiro”.

Usar uma roupa bonita não precisa ser somente para sair de casa ou em ocasiões importantes. Também não é preciso gastar muito para se sentir elegante e bem vestida.

E tudo isso vale para qualquer aspecto da vida. Nenhuma desculpa é grande o suficiente para que você não se olhe e tenha pequenos rituais de amor, cuidado e beleza.

O que você pode fazer por você, hoje?

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Carolina Rodrigues
Frestas
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Jornalista por formação. Contadora de histórias e estórias por vocação.