Erros
Não sei se vocês já sentiram isso mas, na semana passada, nos dois primeiros dias, para ser mais específica, a sensação que eu tinha era de que o mundo estava desmoronando na minha cabeça e que tudo, absolutamente tudo o que eu fazia estava errado.
No trabalho, nas minhas relações, comigo mesma. Sim, a impressão era a de que os erros haviam tomado conta de mim e eu, por algum tempo, tivesse perdido o rumo do meu próprio caminhar. Olha, se você já passou por essa experiência, sabe bem do que falo.
Os dias se passaram, alguns choros vieram, o desespero e a vontade de jogar tudo para o alto falava alto em meu coração. Mas, nada como uma pausa na rotina para entender que: erros acontecem, acontecerão e que não perdemos quem somos por causa deles.
Por vezes, dentro dessa semana tão agitada, me culpei por coisas que achava que poderiam ser feitas, que poderiam ter amenizado tudo o que passei, mas entendi que tudo estava em seu devido lugar e que o controle não era meu.
Acho que o maior problema dos erros não são as consequências que eles nos trazem, mas o sentimento de culpa e impotência que eles deixam em nossa alma. Com certeza, o que mais mata nos erros é isso: eles ferem a nossa alma.
Mas, se vale de consolo: somos humanos, somos suscetíveis a erros e tá tudo bem. Eles nos fazem crescer, nos ensinam e nos trazem novas visões, dentro da nossa realidade por vezes distorcida.
Em tempos como os que estamos vivendo, a única certeza que tenho é essa: o amor tudo crê, tudo espera, tudo suporta e é nesse amor (e não nos meus erros), que desejo focar.