Inspiração: por onde andas?
O ano passado foi sem dúvidas, uma surpresa atrás da outra. Claro que muitas coisas planejei; mas sabe quando a gente sonha, sonha, e não imagina cumprindo aquilo de fato? Pois bem, 2019 foi exatamente assim. Não estava na minha lista de intenções um punhado de atitudes que, quando vi, estava me dedicando quase que inteiramente naquilo.
Não foi um ano difícil, mas sim, pesaroso; porque tudo custou muito caro: cada oração feita, cada noite mal dormida, cada redução de custos; a vida concedeu muita coisa, mas cobrou ao mesmo tempo, tipo permuta, sabe? Nessas concessões do cotidiano me vi cheia de coisas para resolver de um lado, mas sem inspiração para fazer do outro. Na verdade, estou vivendo isso agora, na escrita dessa crônica.
Fica tranquilo que se você também estiver nessa, acalme-se! Não é preguiça ou desleixo; é apenas uma mente fervilhante de emoções e afazeres que a vida moderna, corrida e agitada exige de nós. Somos bombardeados por informações diariamente, nos mais diversos segmentos da vida. Daí, quando você precisa se concentrar para escrever um texto, cadê a ‘danadinha’ da inspiração?
Nesses momentos tumultuados, a minha dificuldade em concentrar aumenta. Principalmente para desempenhar uma tarefa que exige o meu todo; a mente frita de ideias e compromissos que preciso fazer antes que mais um dia acabe. Os neurônios brigam entre si disputando a minha atenção. A mente humana é muito doida, te faz de inocente e culpado num estalar de dedos.
Anotar tudo que eu tenho de fazer na agenda do celular tem sido um alívio, assim, lembro do que fazer e quando. Dar o pontapé inicial também tem me ajudado a fazer uma tarefa, porque à medida que vou resolvendo, as ideias vão surgindo e quando vejo, consegui finalizar. A verdade é que a inspiração é difícil, é um processo de autoconhecimento diário. Então, não adianta desesperar, precisamos buscar alternativas para encontrar o caminho dessa tal inspiração.
