O dia em que aprendi a contar o tempo

@MonalisaFrança
Frestas
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2 min readNov 3, 2023

Na convivência, o tempo não importa.

Se for um minuto, uma hora, uma vida.

O que importa é o que ficou deste minuto, desta hora, desta vida.

Lembra que o que importa é que tudo que semeares colherás.

Por isso, marca a tua passagem,

deixa algo de ti,

do teu minuto,

da tua hora,

do teu dia,

da tua vida.

- Mário Quintana

Cá estou eu, depois de longos meses de um hiato de escrita, voltei a me debruçar sobre as palavras e leituras, que tanto me acalentam, servem de terapia e materializam, de muitas formas, aquilo que sinto.

O que é o tempo se não uma linha que separa o que temos de fazer com o que realmente queremos fazer? O que é ele se não a estratégia de escolhermos o que é prioridade ou banalidade nas nossas vidas? Ah, o tempo. Dizem que ele cura feridas, ajuda a amenizar dores e que ele passa. Se tem algo que concordo é com isso: ELE PASSA.

Imagem: Freepik

Com o passar do tempo, do tique-taque do relógio, percebi que aprender a “contar o tempo” (se é que isso é possível), começou a fazer parte da minha vida e rotina. Calma, explico a vocês.

Ao estabelecermos o que vamos ou não fazer, escolhermos entre café e chá, entre amizade e namoro, entre convivência e não convivência, doamos, mesmo que não percebamos, o nosso tempo. Aprender a contá-lo, em minha visão, significa escolher, de forma sábia e tranquila, com o que, no fim das contas, gastaremos esse tão valioso tempo. Aprendi a compreender o tempo que estava com amigos e família como um presente, que estava sendo investido em lembranças e memórias agradáveis, cheias de doçura e da certeza de que tempo é precioso.

Dispor do nosso tempo com as pessoas, algo que sempre considerei a coisa mais preciosa da vida é cumprir com aquilo que Jesus, meu mestre e amigo me ensinou. “Monalisa, concentre-se nas pessoas. Elas são o que mais importa”. A voz dEle, sussurrando estas palavras ao meu ouvido sempre me direcionaram para onde eu deveria correr.

Pessoas merecem o investimento de tempo, de ouvidos atentos e de escuta afetuosa. O dia em que aprendi a contar o tempo descobri que ele é um presente, uma dádiva e que a vida é sempre mais doce quando os nossos minutos são eternizados na memória das pessoas que os carregam por aí.

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@MonalisaFrança
Frestas
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Jornalista, apaixonada pela escrita, pelos amigos e a vida. Acredito que as palavras podem libertar almas e fazê-las viajar ❤