O hospital que eu não conhecia
Certa vez, ouvi uma frase (não me perguntem de quem é), que tinha os dizeres: “Escolha algo que você ame e não terá de trabalhar um dia sequer”. Para quem estava na faculdade, em meio às turbulências do fim de uma graduação, a frase me parecia bem utópica.
Porém, quando me formei e fui para o mercado de trabalho, vivi em muitos momentos essa frase. Claro, não digo a vocês que as experiências sempre foram um mar de rosas, pois, na vida não vivemos mar de rosas para sempre. Mas, posso dizer hoje, com toda certeza, que meu caminho na Comunicação foi traçado por alguém que sabia do que eu necessitava aprender.
Recentemente, comecei a trabalhar em um hospital e tenho vivido experiências que ainda não conhecia. Sempre imaginamos hospital como lugar de doença, tristezas, preocupações e de gente que deseja que o outro fique bem. Sim, um hospital tem todos esses sentimentos, mas ele não se resume a isso.
A primeira coisa que aprendi por aqui foi a valorizar cada segundo a vida que tenho. O meu andar, o meu falar, o meu respirar e o meu enxergar . Coisas que parecem banais a nós, mas que para outros fariam toda a diferença. A segunda coisa que entendi é que um hospital é um lugar que também gera esperança. Esperança em dias melhores, esperança que os cuidados que transmito ao outro também alimentarão a minha alma e me recarregarão as baterias, para aquilo que ainda virá.
O hospital que eu não conhecia me ensinou que, de tudo aquilo que fazemos, o que restará, no fim das contas, não são os bens que juntei ou as coisas que conquistei materialmente, mas sim o amor que compartilhei, com aqueles que cruzaram o meu caminho.
