Qual a sua deficiência?

Geane Durante
Frestas
Published in
2 min readDec 6, 2019

Esta semana participei do lançamento de um projeto para pessoas com deficiência. Foi e está sendo uma experiência incrível vivenciar isso. As palestras as quais assisti tocaram em uma frase muito pertinente: qual a deficiência que nos limita? Não amigo, não é aquela física, motora ou intelectual, que tradicionalmente conhecemos. É aquela que eu tenho diariamente, que me limita de ser uma pessoa por inteiro: o preconceito, a teimosia, o medo de mudar, e tantas outras que eu poderia fazer uma lista e ainda faltariam definições.

A nossa construção social diz muito sobre quem somos, só que mais ainda, diz sobre o que precisamos melhorar, em termos de pensamentos e conceitos. Semanas atrás fiquei revoltada com a opinião de uma pessoa; ela infelizmente pensa de uma maneira limitante que naquele momento eu não quis questionar por preguiça (sim, a gente cansa, mesmo sabendo que não podemos nos calar para tais questões). Depois, mais calma, fiz uma análise da situação e percebi que a gente consegue sim, ajudar o próximo a enxergar com outro olhar, várias situações da vida.

Imagem: Pixabay

Nós mesmos temos olhares limitantes que nos impedem de ver o inteiro. Quantas vezes eu aprendi com familiares, amigos e colegas, a rever os meus conceitos sobre diversas questões as quais era deficiente. Precisamos parar de reproduzir aquela velha história, também conhecida como Síndrome de Gabriela: Eu nasci assim, eu cresci assim. Eu sou mesmo assim. Vou ser sempre assim. Apenas pare, é sério!! Quanto mais você sabe das coisas, mais consciência você tem de que não sabe de nada. Sabe por quê? Porque todo dia surgirão temas novos a serem discutidos, novas reflexões e novas lições, pra nós reles mortais.

Então, pelo amor de qualquer coisa, vamos parar com a deficiência da teimosia e fazer o exercício da permissão:

permita-se ouvir o outro, o ponto de vista dele;

coloque-se no lugar da pessoa, pratique a empatia;

aumente a sua roda de amigos, para não viciar naqueles mesmos olhares e percepções.

Nós, seres humanos, somos inteligentes demais para ficar com a cabeça pequena. Olhe à sua volta e veja o universo de possibilidades que você tem de aprender o novo e rever suas verdades. E não esqueça, exercite-se: afinal, o corpo enferruja e o cérebro também!

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