Reflexões sobre a quarentena
Há quase um mês todas as rotinas e planos dos habitantes dessa Terra começaram a mudar. Na verdade, mudaram radicalmente. Comércios fechados, aulas suspensas, vida reprogramada, incertezas e talvez, para mim, um tempo precioso para olhar para dentro, parar e perceber que as coisas não andam mais como eram.
Resolvi dividir com vocês algumas coisas que andei pensando com meus botões nesses dias em que estive trabalhando, mas pude observar algumas situações à minha volta. Espero que você também tenha refletido e esteja aproveitando bem este tempo.
Uma das primeiras coisas que percebi é que somos seres bem resistentes às mudanças e desprogramações de nossas agendas. A vida segue tão rotineira que, ao acontecer algo que nos tira do nosso “hábitat natural”, a tendência é fechar os olhos e enxergar que aquilo tem apenas lados negativos. Na verdade, se a ótica for mudada e pensarmos em quantas coisas pudemos ganhar com essa quarentena, a vida poderia estar menos caótica para muitos de nós.
Em segundo lugar, a lição foi que as pessoas não pensam como eu, não agem como eu e tá tudo bem. Por diversas vezes, me deparei com pessoas fazendo ou falando coisas completamente avessas ou que eu mesma não concordava, mas estou aprendendo que as pessoas não pensam nem agem como eu, que possuem suas opiniões e que, mesmo eu não concordando com elas, devo respeitar. Não é fácil, meus caros, mas tenho exercido o domínio próprio e olha, super recomendo. Faz bem pra alma.
E uma das lições que mais me tocam e que me fazem sempre refletir é: o quanto nos damos conta daquilo que temos quando perdemos. A convivência com os amigos, uma ida ao shopping para tomar um bom sorvete, o abraço apertado e aconchegado de quem amamos. A quarentena me ensinou, acima de tudo, que estar perto é o que importa e aquilo que guardamos no coração e na alma é valioso demais.
Desejo a todos vocês, que estão em casa, que aproveitem ao máximo esse tempo, para reverem conceitos, ler aqueles livros que estão na estante, conversar com seus pais, ver belos filmes e se preparar para, quando voltarmos à rotina, não nos esqueçamos daquilo que realmente somos.
