Solidão a dois

Geane Durante
Frestas
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2 min readApr 12, 2019

Quando embarcamos em um relacionamento amoroso, assumimos uma responsabilidade afetiva com o outro. Um termo floreado que, trocando em miúdos, nada mais é que se importar com a pessoa, tanto física quanto emocionalmente.

Importar-se vai além de perguntar toda manhã se ele(a) está bem, agradar com presentes ou uma calorosa noite de amor; diz sobre a capacidade que você tem em se fazer presente e estar por inteiro no relacionamento.

Vejo muitas pessoas entrando de cabeça em um namoro sem saber o que estão fazendo, ou então, para afastar o medo da solidão e, quando se tocam, estão numa solidão dupla: um fazendo “mal” para o outro, com má vontade, sofrimento e brigas que poderiam ser evitadas com uma atitude: “vamos parar por aqui, estamos nos fazendo mal”.

Relacionamento é coisa séria! Não importa se é assumido ou não à família e amigos. A partir do momento que proponho e/ou aceito namorar, aceito também responsabilizar emocionalmente por mim e pelo outro.

Afinal, ninguém te obrigou a entrar nessa, foi-se a época (ainda bem) que os relacionamentos eram arranjados, mas parece que uma “galera” ainda não entendeu que o outro importa, que ele tem expectativas, desejos, emoções e que se eu não conseguir ou não estiver a fim de compreendê-las, pego meu barquinho e vou embora.

Você deve estar pensando: “nossa, a Geane muito ácida nesse texto!” E mesmo, de verdade. Eu sei que nenhum relacionamento é fácil e que sempre haverá atitudes para reclamar. Mas o que tenho observado de homens e mulheres infelizes em suas empreitadas amorosas… não tá escrito.

Gente que reclama o t-e-m-p-o i-n-t-e-i-r-o do outro e que muitas vezes não tem a capacidade de fazer o exercício do umbigo: olhar pra si, nas próprias atitudes e procurar melhorar o que não legal, ao invés de descarregar a culpa no outro sempre.

Nós somos preciosos demais para recebermos e darmos migalhas de amor. Por isso, se você estiver vivendo essa situação, faça uma autorreflexão, converse com seu parceiro e tentem resolver da maneira mais agradável possível para ambos. Agora, se você não está nessa, compartilhe esse texto com alguém que precisa, afinal, a vida tem dessas!

Imagens: Pixabay

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