Function X: Hash Out de Março

Pedro Sanches
Pundi AIFX
Published in
5 min readMar 31, 2020

Essa edição do Hash Out irá tratar mais sobre Hubs e Zonas. Nós também iremos discutir temas levantados pela comunidade nas mídias sociais após a publicação do Hash Out de fevereiro.

Hubs e Zonas na Blockchain da Function X

Vamos nos aprofundar no Hub e Zonas na blockchain da Function X, assuntos brevemente tratados no Hash Out de janeiro.

Recapitulando, o “Hub” é conhecido como cadeia-mãe da Function X, comumente chamado de cadeia pública (public chain). É a espinha dorsal da comunicação entre blockchains diferentes, as quais chamamos de “Zonas”.

Uma Zona é uma blockchain com uma função específica, como por exemplo uma cadeia especialmente criada para pagamentos e transação nos XPOS (pontos de vendas). Essa cadeia de pagamentos conterá transações de cada dispositivo XPOS, como pessoas comprando criptomoedas ou utilizando-as como forma de pagamento.

Fazendo uma analogia com o funcionamento de uma empresa, um “Hub” seria a área de coordenação e alocação de recursos (gerenciamento), enquanto a “Zona” seriam as áreas operacionais (departamentos).

Zonas diferentes podem tem regras de consenso diferentes. Por exemplo, na zona de logística, a velocidade pode ser priorizada em face da segurança, uma vez que não há problemas de gasto duplo com o armazenamento de informações, enquanto que na zona de finanças a segurança será priorizada em face da velocidade, pois a área de finanças lida com dinheiro.

Quem irá definir as regras de consenso de cada zona?

As regras serão definidas pelos respectivos stakeholders de cada Zona, ou seja, os criadores da zona. Por exemplo, se você criar uma Zona Médica e usá-la para registrar histórico e dados hospitalares de um grupo de instituições de saúde, o consenso será definido pelo criador da zona, em conjunto com os outros stakeholders. Neste caso, é provável que você (o criador) e os outros stakeholders se tornem validadores na zona também.

Exemplo 1: comunicações inter-zonas: utilizando serviços oferecidos por outra zona.

Se as zonas são “departamentos diferentes” de uma empresa, como as zonas se comunicam entre si? As comunicações inter-zonas são possíveis e ocorrem entre duas ou mais zonas.

Vamos pegar o serviço de armazenamento, por exemplo. É possível criar uma zona de armazenamento descentralizado, graças ao IPFS [*]. Quando outra zona — como a zona de pagamentos, por exemplo — quiser registrar informações de transações ocorridas nos XPOS na nuvem, ela poderá se comunicar com a zona de armazenamento descentralizado e utilizar os serviços oferecidos por esta zona, graças ao IPFS.

As comunicações inter-zonas terão que passar pelo hub, mas mais detalhes sobre isso serão dados no futuro. Por ora, deve ficar claro que os full nodes estão no level do Hub, enquanto os service nodes estão no level das Zonas. O Hash Out de fevereiro abordou o tema dos full nodes e services nodes.

Exemplo 2: comunicações inter-zonas: validando informações entre zonas

Essa função também pode ser estendida para o envio de ativos digitais entre zonas diferentes. Por exemplo: Bob está no departamento de pagamentos, pois é um stakeholder daquele departamento (zona). Alice está no departamento de armazenamento, pois também é uma stakeholder daquele departamento (zona). Bob deseja enviar bitcoins para Alice. Ao enviar os bitcoins, eles primeiro serão verificados pela zona de pagamentos, enviados para o Hub, e por fim enviados para a zona de armazenamento, onde Alice se localiza.

As comunicações inter-zonas podem permitir diversos outros casos além de enviar criptoativos e armazenar informações. Há exemplo como votações, envio de mensagens de textos, realização de chamadas de voz, etc. Muitas vezes o conceito de comunicação inter-zonas é erroneamente confundido com Inter Blockchain Communication (IBC). O IBC é usado para denotar a ideia de comunicação entre cadeias, em vez de um conjunto de protocolos fixos.

Discussões sobre o Hash Out de fevereiro

No Hash Out de fevereiro, discutimos os requisitos para se tornar um full node, seja utilizando um número fixo de tokens FX (como o exemplo de 100.000 tokens) ou uma porcentagem fixa do supply para fazer staking. Alguns propuseram 0,026% do supply total. Considerando o supply atual, 0,026% seriam 98.430 FX tokens, um número muito próximo de 100.000.

O benefício de impor um requisito que seja um porcentagem fixa, é que ele irá refletir diretamente a proporção fixa de tokens necessário para fazer staking, em relação ao supply. Por outro lado, há a desvantagem que o validador terá que constantemente atualizar os tokens em staking para se qualificar como um validador. Por exemplo, 0,0026% do supply total são 9.843 tokens hoje, mas esse número pode crescer no futuro, pois o supply pode crescer. Já o benefício de utilizar um número fixo é que será muito mais fácil para os validadores saberem quantos tokens serão necessários para a empreitada, como foi dito nesta discussão do Reddit acerca dos prós e contras.

No Hash Out de fevereiro, também discutimos acerca da importância em termos nodes não maliciosos, e o porque uma penalidade é necessário caso nodes maliciosos tentem fazer parte da rede. Uma possibilidade de aumentar a estabilidade durante os períodos iniciais na fase de pré-lançamento é convidar voluntários selecionados para se testarem antes do lançamento do software para o público em geral. Haverá um programa de incentivos para tornar a participação interessante [**]

[*] Mais informações sobre o IPFS serão reveladas em Hash Outs futuros. O IPFS já foi previamente mencionado no concept paper da Function X.

[**] O projeto de incetivos será financiado parcialmente com o que sobrou do staking que permitiu com que holders de NPXS / NPXSXEM recebessem tokens f(x).

Zac Cheah
CEO da Pundi X

O artigo recebeu contribuições de Danny Lim e Pitt Huang e sugestões de Dr. Yos Ginting, David Ben Kay e Indra Winarta.

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Este post é uma tradução livre deste artigo.

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Pedro Sanches
Pundi AIFX

Customer Success & Community Manager at Pundi X