“És um amor que floresce de criança”, o Corinthians e seu torcedor

Raul Moura
futebolélivre
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3 min readNov 8, 2018

O Sport Club Corinthians Paulista é considerado um dos maiores clubes, se não o maior, que existe no Brasil. Sua história já passa dos 100 anos, com muitas conquistas e alguns sofrimentos. Tendo, em números, a segunda maior torcida do Brasil, é um clube reconhecido não só no país, como mundialmente. Grandes jogadores já passaram e com toda a certeza do mundo muitos outros grandes jogadores ainda irão passar pela história do alvinegro.

Sabendo da grandeza da equipe corintiana, a gigantesca força da torcida não é um acaso. Durante toda sua vida, sempre existiram torcedores que acompanharam e principalmente se emocionaram com o clube do coração. O Corinthians deixou de ser um clube, para se tornar uma nação. A nação corintiana.

Apesar de existirem diferentes tipos de torcedores, o amor e a dedicação pelo clube desses amantes do Corinthians traz o maior sentimento que uma pessoa pode ter, o amor. O amor que vem se desenvolvendo conforme o torcedor vai crescendo, vai criando uma identidade e nunca deixando seu clube de lado.

Dois tipos de torcedores, são claramente percebidos com a evolução do futebol. Aquele, que aqui é chamado de nutella, conhecido por ser o torcedor mais “modinha”, que participa dos jogos, assiste ao clube jogar, mas não gosta da bagunça, sempre, quando vai ao estádio, fica VIP, ou em cadeirada. Tem um pré-jogo completamente mais calmo e um durante o jogo, sentado, sem euforia e a cantoria tradicional dos antigos torcedores.

Já o torcedor raiz, conhecido como o mais tradicional, é aquele torcedor que vai para o estádio, bebe toda a cerveja que tem no bar antes do jogo, fica na área do “povão”, onde a torcida organizada fica, assiste ao jogo inteiro em pé, cantando, pulando e viaja com o clube quando o time saí para jogar.

E esse amor vai além de um simples jogo. Ele envolve uma semana, um mês e até um ano. Se o time não vai bem, o torcedor segue os passos do clube. E por mais que ele pense em desistir o sentimento sempre bate mais forte.

Apesar de “nutella”, Arthur Fonseca, torcedor do Corinthians desde a infância, conta que vai em quase todos os jogos que possíveis e quando não consegue acompanhar o jogo da forma que da. “ Quando eu não estou no estádio, eu assisto em casa, assino o Premiere, e consigo assistir a todos os jogos na televisão. Se eu não vejo meu time jogar, parece que minha semana falta não está completa. É horrível esse sentimento”.

Arthur Fonseca na Arena — Foto: Instragram

O amor de Fonseca vai além. Em 2008, quando o clube do coração estava na série B — momento mais triste da história corintiana — Arthur acompanhou todos os jogos de seu clube no campeonato brasileiro. E ainda fez mais do que isso, todos os 19 jogos em que a equipe teve mando de campo em São Paulo, ele estava presente.

Dessa forma, mostrando o lado de um torcedor “nutella”, apesar de ser diferente o modo de torcer, o sentimento que existe dentro de cada corintiano acaba sendo o mesmo. Não é porque existem diferentes maneiras de torcer, que o amor pelo clube não é o mesmo. Os dois lados fazem parte de um todo, e para o clube, é necessário que a presença deles continue existindo, sendo no estádio, ou até em casa vendo o jogo pela TV.

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