“Por nosso alviverde inteiro”, uma história de amor palmeirense

Raul Moura
futebolélivre
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2 min readNov 1, 2018

Felipe Wendt Martins tem 23 anos, é de São João da Boa Vista, pequena cidade do interior de São Paulo. Cursa engenharia de produção e é palmeirense fanático. Torcedor alviverde por “culpa” de seu pai, que tem uma história curiosa sobre como começou a se apaixonar pelo clube: O amor surgiu quando Josué, pai de Felipe, ganhou uma revista Placar de seu tio. Ele queria um time para torcer, mas com uma condição: teria que ser da mesma cor dos olhos de sua mãe, verdes. Essa paixão foi passada para os seus filhos depois de muitos camisas dadas de presente e passeios por jogos do verdão no antigo Parque Antártica.

Felipe impulsionou sua relação com o Palmeiras quando se mudou para a capital e passou a ir a quase todos os jogos do clube. Frequentava o antigo Palestra Itália, e diz que sabe que preços das novas Arenas afastaram os torcedores com os quais ele costumava ir aos jogos. O grupo ainda é grande, sempre com seu irmão André e o amigo “Tchê Tchê”, como é chamado, além de vários outros amigos que encontra sempre na porta do estádio para fazer os rituais de pré-jogo. Rituais esses que são jogar conversa fora sobre o clube do coração, falar mal de alguns jogadores, tomar uma breja, ou mais, e falar mal, mas falar muito mal dos rivais.

Para ele o estádio é lugar para extravasar, deixar o que está acumulado na semana em noventa minutos de puro amor e “descontrole emocional”. Hoje, ainda frequenta a nova casa do time do Palmeiras com muita frequência, mas conta que em jogos decisivos os preços assustam e chegam a excluir até os mais fanáticos. Para ele “todo esforço vale a pena” quando o assunto é seu clube de coração.

Após a modernização das novas Arenas, alguns torcedores como Felipe diminuíram sua presença nos jogos por conta do alto custo dos ingressos. Os que se mantém, carregam o orgulho de serem “diferentes” dos novos públicos das arenas, não melhores ou piores. Mas cientes de que não importa o que aconteça com o Palmeiras, com o futebol brasileiro, ou com o nosso país, eles estarão as quartas e domingos aliviados e descontrolados, se preciso desgastados, para poder acompanhar uma das paixões de suas vidas.

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