Argentina e Espanha fazem final inédita, EUA faz a pior campanha da história e Brasil para no melhor momento — Copa do Mundo de Basquete 2019

Vítor Moura
Esporte em jogo
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4 min readSep 14, 2019

Mundial da modalidade termina amanhã quando argentinos e espanhóis decidirão o torneio

(Foto: Divulgação FIBA)

A Copa do Mundo de Basquete 2019 chega ao seu fim neste domingo (15), às 9h horário de Brasília, com a grande final entre Argentina e Espanha direto do Wukesong Sport Arena em Pequim, capital chinesa. Esta será a primeira final entre os países que já venceram o mundial, os sul-americanos em 1950 (primeiro campeão do mundo) e a Espanha em 2006.

O título tão esperado e até insinuado para o Dream Team passou longe dessa vez. Os Estados Unidos teve a pior campanha de sua história em uma edição da Copa do Mundo, ficou apenas na sétima colocação ao bater a Polônia neste sábado (14). O menosprezo norte-americano pela competição é evidente, fato é que a equipe convocou seu chamado terceiro time para a disputa.

Claro que a NBA, principal liga de basquete do planeta conta muito, mas negar a seleção ou fazer com que a equipe principal não jogue é falta de respeito com os amantes do esporte.

Em seguida o Brasil, que assim como nas últimas décadas não consegue criar expetativa em nenhum torcedor, diferente dos anos dourados do século passado, realizava uma copa digna de uma boa classificação, três vitórias nos três primeiros jogos, mas as derrotas para República Tcheca e para o time “C” dos EUA afundaram o sonho de superar a campanha de 2014 quando parou nas quartas de final.

A grande final

Luis Scola, a experiência de um vencedor (Foto: Divulgação FIBA)

Argentina e Espanha serão as protagonistas da decisão da 18ª edição da Copa do Mundo. De um lado a equipe sul-americana do experiente Luis Scola, de 39 anos, ganhou os sete jogos que fez até aqui, com 613 pontos a favor (média de 87,6 por partida) e 496 contra (média de 70,9 por partida).

Em seu caminho passou por Rússia, a forte Sérvia e a França nas semifinal. O pivô Luis Scola é o grande destaque com 135 pontos (4º maior da competição)e o jogador que tem mais rebotes por duelo (8,1 por jogo), enquanto o armador Facundo Campazzo se destaca nas assistências com 7,7 por jogo, o terceiro maior do torneio.

Na Espanha também foram sete vitórias, 580 pontos a favor (82,6 por jogo) e 485 sofridos (média de 69,3 por partida). Os destaques da campanha da do país europeu são o armador Ricky Rubio com 111 pontos no torneio e também líder de assistências da Espanha com 6,4 e o pivô Juancho Hernangomez com 5,4 rebotes por partida.

Argentina e Espanha se enfrentaram cinco vezes em mundiais, uma vitória para os argentinos e quatro para a Espanha.

EUA faz a pior campanha em Copa do Mundo

Nem as “estrelas” salvaram o Dream Team (Foto: Divulgação FIBA)

Que a equipe dos Estados Unidos não dão importância ao mundial de basquete é fato, basta pegar as últimas edições do torneio para confirmar a informação, porém em outros anos algumas estrelas como Kevin Durant, Kyrie Irving e James Harden participaram e levaram ao bicampeonato de 2010 e 2014. Em 2019, porém, a história foi outra. Pára começar Anthony Davies e James Harden, convocados para esta edição, recusaram o convite. Draymond Green, Kawhi Leonard, Russell Westbrook, DeMarcus Cousins, Blake Griffin e Paul George também negaram sua seleção.

Restou então cair a responsabilidade em jogadores do terceiro escalão norte-americano, que mesmo assim têm muita qualidade, mas não podem se achar “a última bolacha do pacote”.

No mundial as coisas iam bem, cinco vitórias nos cinco primeiros jogos, mas a partir das quartas de final a equipe desandou. Derrota para a França nas quartas, mais um revés para Sérvia dessa vez e uma última vitória contra a Polônia para decidir o sétimo lugar, pouco para o Dream Team, que consegue o feito negativo de pior campanha dos EUA em uma Copa do Mundo.

Parecia que tinha futuro, mas o presente chegou cedo

Apesar dos bons jogos a alegria durou pouco(Foto: Divulgação FIBA)

O Brasil foi absoluto na primeira fase, três vitórias nas três partidas, com grande destaque para o triunfo sobre a Grécia do craque Giannis Antetokounmpo. A segunda fase era para marcar o recomeço da Seleção Brasileira, mas o Brasil não foi páreo para República Tcheca e Estados Unidos, dando adeus a competição em sua melhor forma.

O 13º lugar geral talvez seja até modesto para uma seleção que soube superar as adversidades no início do torneio. O armador Leandrinho foi quem marcou mais pontos, 68, enquanto o pivô Anderson Varejão deu 7 rebotes por partida (média) e o armador Marcelnho Huertas o nome das assistências com 4,8 por jogo.

Com mais essa campanha o Brasil acumula agora 41 anos longe do pódio da principal competição entre países. Entre as copas de 1950 e 1978 o Brasil ficou entre os três melhores em sete oportunidades, apenas em 1974 não alcançou as semifinais. De lá para cá em 1986 ficou na quarta posição e desde 1990 sua melhor campanha foi naquela edição com o quinto lugar.

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