Presidente da FIFA anuncia propostas para o futebol feminino — Copa do Mundo Dias #28 e 29
Uma das ideias seria ampliar o número de participantes, passando de 24 para 32 assim como acontece no masculino
Que a Copa do Mundo Feminina 2019 foi um sucesso, não se tem dúvidas, média de público acima de 21 mil, seleções desfilando bom futebol, principalmente os países europeus que conseguiram classificar sete nações entre as oito finalistas do torneio.
Da Europa também vieram algumas propostas para melhorias no futebol feminino, direto de Lyon, na França, local do Mundial. Gianni Infantino, presidente da FIFA, apresentou cinco propostas para o futebol feminino, seja na questão da Copa do Mundo em si e também na modalidade em geral.
Antes de apresentar seu projeto ao conselho da FIFA, Infantino aproveitou o momento para elogiar a qualidade do mundial da categoria que tem final marcada no domingo (7) entre Estados Unidos e Holanda.
“Esta Copa do Mundo Feminina na França tem sido fenomenal, emocional, apaixonada, fantástica. A melhor Copa do Mundo Feminina de todos os tempos. Algo extraordinário aconteceu aqui. Foi tudo graças ao povo francês que esta Copa do Mundo Feminina se tornou o que é, o melhor de todos os tempos. É por isso que haverá um antes e depois da Copa do Mundo Feminina de 2019”.
A quantidade de pessoas no mundo que se envolveram de alguma forma com a competição também foi exaltado pelo suíço, já que o Mundial alcançou a marca de mais de 1 bilhão de espectadores em todo o planeta.
“Muitas pessoas ao redor do mundo se conectaram pela primeira vez para assistir a uma partida de futebol feminino e viram que é futebol. Temos atletas jogando futebol com habilidades físicas, técnicas e táticas. Que outro evento, além da Copa do Mundo masculina, pode unir 1 bilhão de pessoas em todo o mundo para se unirem assim?”.
As 5 propostas para o futebol feminino
A criação de uma Copa do Mundo de Clubes da FIFA para mulheres, começando o mais cedo possível;
A criação de uma Liga Mundial Feminina: uma proposta apresentada já em 2017, para ser disputada em torneios em todo o mundo;
Expansão da Copa do Mundo Feminina da FIFA de 24 para 32 times, potencialmente já a partir da edição de 2023;
Dobrar o prêmio em dinheiro para a próxima Copa do Mundo Feminina da FIFA;
Dobrar o investimento comprometido com o futebol feminino no próximo ciclo de quatro anos, de US $ 500 milhões a US $ 1 bilhão;
Outros tópicos que o presidente da maior entidade de futebol abordou envolvem o uso do árbitro de vídeo no Mundial feminino e também formas para potencializar o esporte para partes do mundo em que a resistência é maior.
“Precisamos fazer mais para garantir que essa lacuna (diferenças entre Europa e outros continentes) não se torne maior. Queremos canalizar parte deste investimento para as bases do jogo em todo o mundo. Precisamos investir muito mais onde não há futebol feminino, e não onde o jogo feminino já existe”.
“Gostaria de parabenizar Pierluigi Collina (presidente do Comitê de Arbitragem da FIFA) e toda a equipe dele porque não foi fácil aceitar essa aposta. Eu acho que foi um sucesso. Estou muito feliz com isso. A boa notícia é que as coisas podem melhorar. As coisas só vão melhorar porque o VAR está aqui para ficar. Aqueles que não estão totalmente convencidos estarão no devido tempo”, completou o entusiasmado presidente. Que não seja da boca para fora.