Inteligência artificial identifica distúrbios através do uso de smartphones

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A ferramenta avalia as interações de usuários com seus smartphones para ajudar a reconhecer distúrbios neuropsiquiátricos e neurodegenerativos.

Estima-se que cerca de 450 milhões de pessoas sofram de condições neuropsiquiátricas como distúrbios depressivos, esquizofrenia, Alzheimer e outras doenças neurodegenerativas. Tais disfunções, que causam grande impacto devido às suas limitações sintomáticas e cognitivas, muitas vezes são detectadas tardiamente, dificultando o tratamento. Um espectro de fatores como genética, influências ambientais e outros componentes biológicos e comportamentais são utilizados para diagnosticar estes transtornos, o que pode ocasionar demora, imprecisão e alto custo. Essa complexidade levou a empresa americana Mindstrong Health a trabalhar para aprimorar a forma de identificação destas doenças através de um novo sistema que utiliza inteligência artificial e aprendizado de máquina.

O método de medição, que ganhou o nome de fenotipagem digital, faz avaliações baseadas no uso do smartphone pelo paciente. As interações são avaliadas com três tipos de sinais: sensores de atividades, localização e meta-dados sociais, como o número de mensagens que saem vs. o número de mensagens que chegam. O teclado, por sua vez, captura as interações humano-computador, como digitar e clicar. Dados de voz e de fala também são analisados com linguagem natural de processamento, proporcionando compreensão em relação às emoções e coerência cognitiva. Em conjunto, esta coleta contribui para identificar a imagem holística de humor, cognição e comportamento de cada paciente.

Os desenvolvedores da tecnologia afirmam que esta abordagem funciona porque smartphones têm sido amplamente adotados e proporcionam uma grande oportunidade para tomar medidas de forma passiva, objetiva e contínua através do processo de coleta de dados digitais. Em testes preliminares, a empresa ministrou três estudos clínicos com mais de 200 pessoas para demonstrar que estes recursos digitais se correlacionam com a função cognitiva, sintomas clínicos e as medidas de atividade cerebral. O sistema, que ainda passará por mais testes, tem potencial para oferecer uma maneira fácil e barata de medir a cognição e comportamento de pacientes em qualquer ambiente.

Fonte: Mindstrong Health

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