Plataforma monitora a saúde cognitiva através da fala

Futuro da Medicina
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2 min readOct 21, 2016

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O sistema usa inteligência artificial e aprendizado de máquina para detectar sinais de demência e outras disfunções cognitivas.

Segundo a Organização Mundial da Saúde, a demência é uma doença que afeta 47,5 milhões de pessoas em todo o mundo. O maior exemplo de demência degenerativa é o Alzheimer, doença que afeta sobretudo pessoas com mais de 60 anos de idade. Novas tecnologias têm sido aliadas para o bem-estar e cuidados de idosos e, embora seja fácil identificar as principais limitações físicas, o monitoramento de habilidades cognitivas ainda costuma ser um desafio. Pensando nisso, a startup Winterlight Labs desenvolveu uma plataforma que pode detectar sinais de comprometimento cognitivo a partir de uma amostra de fala.

Tradicionalmente, o rastreio de comprometimento cognitivo é um processo demorado e caro, que usa técnicas que vão desde testes de lápis e papel até exames de ressonância magnética. Esta nova abordagem é mais simples e potencialmente barata. O sistema precisa apenas de uma curta gravação de 1 a 5 minutos da fala natural do indivíduo para análise acústica, lexical, sintática e semântica. A plataforma utiliza inteligência artificial para analisar cerca de 400 variáveis, como tom, timbre, ritmo e velocidade da fala, bem como pausas e escolha de palavras. No laboratório, o software pode identificar com fiabilidade sinais de disfunções cognitivas com 85% a 100% de precisão.

Para desenvolver esta alternativa, a Winterlight Labs recebeu apoio da Faculdade de Medicina e do Departamento de Ciência da Computação da Universidade de Toronto. As mudanças na linguagem podem sinalizar o declínio cognitivo antes que os sintomas de demência se tornem aparentes, ajudando a rastrear os indíviduos que se encontram na fase inicial da doença de Alzheimer. Atualmente, a equipe está começando a realizar testes em diversas instalações de idosos para obter mais dados e estender os resultados da investigação. O objetivo a longo prazo é capacitar a tecnologia a tratar outros problemas de saúde mental cognitivas como afasia, depressão e autismo através da fala.

Fonte: Winterlight Labs

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