Primeiro transplante de crânio impresso em 3D é realizado no Brasil

Futuro da Medicina
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2 min readJul 2, 2015

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Pela primeira vez no país, cirurgiões brasileiros implantaram com sucesso um crânio de placas de titânio impresso em 3D em uma pessoa.

Depois de cair de uma moto e bater o rosto contra uma lixeira, Jessica Cussioli ficou com um buraco de 12 centímetros de comprimento em seu crânio. A jovem de 23 anos de idade sofria de dores por todo o corpo e precisava reconstruir o seu rosto, mas cirurgias reconstrutivas e próteses são procedimentos que implicam em despesas altas. Em busca de uma solução, seus pais encontraram os médicos da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), que estavam experimentando implantes de titânio impressos em 3D.

O conceito de “biofabricação” consiste em utilizar técnicas de engenharia e biomateriais para a construção de estruturas tridimensionais, fabricação e confecção de substitutos biológicos que atuarão no tratamento, restauração e estruturação de órgãos e tecidos humanos.

Usando tomografia computadorizada, a equipe da empresa de biofabricação Biofabris desenvolveu um modelo virtual do crânio de Jessica e usou titânio para criar placas que cobririam o grande buraco. Em comparação a materiais como o polimetilmetacrilato, há um menor risco de rejeição com titânio, que também é resistente à corrosão dentro do corpo humano.

O procedimento foi feito pelo Sistema Único de Saúde (SUS), mas por se tratar de uma pesquisa da Faculdade de Ciências Médicas, não há previsão para que seja disponibilizado para toda a rede pública. A intenção é que essas pesquisas se tornem protocolos de medicina para serem adotados num futuro próximo pelo SUS em todo país.

Fonte: HC Unicamp

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