Remédio comum pode reverter os sintomas do Alzheimer

Futuro da Medicina
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2 min readOct 14, 2016

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Um novo estudo sugere que uma droga anti-inflamatória pode aliviar os sintomas da doença de Alzheimer.

O Alzheimer é uma doença neurodegenerativa que causa graves problemas de memória, afetando a capacidade e o comportamento do indivíduo. Caracterizada pela piora progressiva dos sintomas, ela provoca o declínio das funções intelectuais e não possui cura. Agora, uma pesquisa feita pela Universidade de Manchester, Reino Unido, pode oferecer um novo meio de tratar e até mesmo reverter os sintomas da doença. O estudo aponta que o Alzheimer pode ser combatido com um medicamento de uso comum, o anti-inflamatório não esteróides (AINE) conhecido como ácido mefenâmico, utilizado geralmente para aliviar dores menstruais.

Em um experimento, o medicamento ajudou a corrigir os problemas de memória em ratos, revertendo por completo os traços associados à doença. Durante os testes, 20 camundongos foram geneticamente modificados para desenvolver sintomas como o do Alzheimer em humanos. Após demonstrar problemas de memória, metade deles recebeu o ácido mefenâmico, enquanto a outra metade recebeu apenas um placebo. Depois de um mês de tratamento, a memória dos camundongos que receberam o ácido mefenâmico estava completamente recuperada, apresentando os mesmos níveis de um animal sem a doença.

Segundo os pesquisadores, as evidências experimentais sugerem fortemente que a inflamação do cérebro piora os sintomas do Alzheimer. À vista disso, o ácido mefenâmico atua em uma via inflamatória importante que danifica as células cerebrais, chamada inflamassoma NLRP3. Até o momento, não há nenhuma droga disponível para atacar esta via.

Estes promissores resultados, no entanto, ainda passarão por ensaios clínicos em humanos para que o fármaco de fato torne-se uma alternativa ao tratamento da doença. A segunda fase do estudo já está sendo preparada e, no futuro, pode vir a auxiliar o combate deste mal neurodegenerativo, que afeta milhões de pessoas em todo o mundo.

Nota: este estudo é experimental, médicos não prescrevem ácido mefenâmico como tratamento para a doença de Alzheimer. Pesquisas serão necessárias para identificar potenciais efeitos colaterais em pacientes, bem como estabelecer sua eficácia.

Fonte: University of Manchester

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