Arquiteto projeta resort ecológico futurista e sustentável para as Filipinas

Futuro Exponencial
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3 min readSep 21, 2017

Por Redação

O conceito, desenvolvido por Vincent Callebaut, é inspirado na Biomimética (Crédito: Vincent Callebaut Architectures)

O arquiteto belga Vincent Callebaut, conhecido por suas construções autossustentáveis, projetou um visionário resort ecológico para a República das Filipinas. Chamado Nautilus Eco-Resort, o conceito é uma resposta ao atual estado ambiental do país, que está sob ameaça de pesca excessiva, turismo em massa e poluição.

Inspirado na Biomimética, o conceito busca unir o conhecimento da comunidade científica com a vontade dos ecoturistas de ajudar a proteger e revitalizar o ambiente. O resort será construído a partir de materiais reutilizados e reciclados e terá autossuficiência em termos de energia e alimentos.

O turismo tornou-se a indústria mais importante a nível internacional. O seu potencial para contribuir para o desenvolvimento sustentável é, portanto, substancial e pode ser reinventado. — Vincent Callebaut

O resort será construído a partir de materiais reutilizados e reciclados (Crédito: Vincent Callebaut Architectures)

Resort ecológico autossustentável

De acordo com o arquiteto, Nautilus Eco-Resort terá em torno de 27.000 m² e será construído na ilha de Palawan. A estrutura abrange apartamentos rotativos, hotéis, um centro de pesquisa e aprendizagem científica, uma escola, uma base náutica e, ainda, um salão desportivo.

Nautilus Eco-Resort será construído na ilha de Palawan (Crédito: Vincent Callebaut Architectures)

O conceito promete zero emissões (CO²), zero desperdício e zero pobreza. Para isso, a conservação do local seria realizada tanto por meio de crowdfunding (financiamento coletivo) quanto por iniciativa de ecoturistas voluntários, que ajudariam a limpar os resíduos de plástico das praias.

O resort é organizado em uma espiral em torno de uma ilha central (Crédito: Vincent Callebaut Architectures)

O design do Nautilus Eco-Resort compreende 12 hotéis em forma de concha e 12 torres rotativas com apartamentos. As estruturas são organizadas em uma espiral em torno de uma ilha central (montanha de origami), que abriga também o centro náutico e os laboratórios de pesquisa científica.

A estrutura abrange um centro de pesquisa, uma escola e uma base náutica (Crédito: Vincent Callebaut Architectures)

Sob a forma de caracóis marinhos, os hotéis convidam os ecoturistas a descansar e relaxar. Já as torres rotativas contêm apartamentos que seguem o curso do sol. Distribuídos em três sucursais, os 162 apartamentos rodam 360 graus em um dia, oferecendo uma vista panorâmica das paisagens.

Os hotéis têm a forma de caracóis marinhos (Crédito: Vincent Callebaut Architectures)

As fachadas e os telhados combinam paredes de plantas e células fotovoltaicas para aumentar a inércia térmica dos edifícios, otimizar o resfriamento natural e gerar eletricidade. A água da chuva é reutilizada, enquanto a água cinzenta é reciclada biologicamente em lagos de estabilização de resíduos.

As torres rotativas contêm apartamentos que seguem o curso do sol (Crédito: Vincent Callebaut Architectures)

Em síntese, Nautilus Eco-Resort pretende ampliar o campo de ação do ecoturismo, revitalizar os ecossistemas em vez de poluí-los, desenvolver uma comunidade autossustentável, participar ativamente na restauração do patrimônio cultural e incentivar comportamentos eco-responsáveis.

O resort pretende ampliar o campo de ação do ecoturismo (Crédito: Vincent Callebaut Architectures)

Com esta mentalidade, o projeto está decididamente comprometido com o conceito de resiliência ambiental, buscando construir um novo sistema social que respeite a saúde humana e planetária. Como conclui Callebaut,

Nos próximos anos, o relacionamento que decidimos manter com a natureza determinará a sustentabilidade do Homo-Sapiens que somos. — Vincent Callebaut

Fonte: Futuro Exponencial

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