Com esses braços robóticos, você poderá levantar meia tonelada em instantes

Futuro Exponencial
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3 min readNov 6, 2017

Por Redação

Guardian GT foi desenvolvido pela empresa Sarcos Robotics (Crédito: Sarcos Robotics)

Uma minoria crescente de cientistas e pesquisadores está convencida de que, para que possamos sobreviver como espécie, deveremos nos fundir, mais cedo ou mais tarde, com dispositivos robóticos. A relação simbiótica entre nós e as máquinas poderia oferecer a vantagem que tanto precisamos para prosperar.

Embora a ideia de nos tornarmos cyborgs no futuro possa soar como ficção científica, uma série de iniciativas ao redor do globo estão transformando a tecnologia em uma extensão de nossos corpos. De membros robotizados a olhos eletrônicos, estamos aos poucos nos integrando com as máquinas.

O norte-americano Adam Gorlitsky foi capaz de andar de novo graças ao exoesqueleto ReWalker, produzido pela empresa ReWalk Robotics. Adam havia sofrido um acidente de carro terrível em 2006, que o deixou paralisado da cintura para baixo. O exoesqueleto transformou sua vida para sempre.

No ano de 2016, um homem tetraplégico chamado Nathan Copeland conseguiu sentir o toque em uma mão robótica através de eletrodos implantados em seu cérebro. O dispositivo foi conectado diretamente à mente de Nathan, concedendo-lhe uma sensação de toque quase natural.

Agora, a empresa Sarcos Robotics desenvolveu um robô que pode replicar os movimentos humanos com incrível suavidade e precisão. Guardian GT possui dois braços de 2 metros de comprimento capazes de levantar até meia tonelada, dando a quem os utilizar uma força sobre-humana.

Guardian GT pode replicar os movimentos humanos com suavidade e precisão (Crédito: Sarcos Robotics)

Braços robóticos

As dimensões dos braços do Guardian GT são baseadas na estrutura óssea do corpo humano para tornar o sistema intuitivamente fácil de usar. A distância entre o ombro e o cotovelo — e entre o cotovelo e o pulso — se assemelhariam às proporções que possuímos em nossos corpos.

Em síntese, o robô está organizado como um ser humano. O operador controla, essencialmente, uma versão em tamanho grande de seu próprio corpo. Os braços são alimentados por um motor a diesel e podem ser movidos a 6 km/h durante 7 horas — tempo suficiente para mover muitos objetos pesados:

Os braços robóticos fornecem um feedback de força para que o operador sinta o que realmente está acontecendo. Assim, é possível sentir quando a mão do robô faz contato com objetos. Além disso, Guardian GT possui destreza em relação a outros robôs humanoides, tornando a manipulação bastante precisa.

O fim dos empregos?

A Sarcos Robotics almeja que os braços robóticos sejam usados ​​para esvaziar caixas para descarte, mover tubos metálicos e realizar outras tarefas envolvendo materiais pesados. Para a empresa, a atividade do Guardian GT não deve ser vista como uma ameaça aos empregos, mas como algo benéfico.

Normalmente, levantar e juntar dois tubos metálicos exigiria um guindaste e meia dúzia de trabalhadores. O robô consegue realizar a mesma tarefa sozinho e em poucos instantes, liberando os funcionários para desempenhar outros trabalhos que exigem um toque mais humano.

Guardian GT possui dois braços de 2 metros de comprimento (Crédito: Sarcos Robotics)

Guardian GT poderia ser uma alternativa válida às indústrias da construção civil e da agricultura, que estão enfrentando uma escassez de mão-de-obra. Seus braços robóticos auxiliariam trabalhadores humanos tanto no transporte de materiais de construção quanto na colheita de alimentos.

Haveria ainda aqueles trabalhos que os seres humanos simplesmente não podem fazer. Pense na possibilidade de explorar ambientes tóxicos ou desativar usinas de energia nuclear. Com sua destreza, a máquina poderia realizar estas atividades sem colocar os humanos em risco.

Por que não maximizar a utilidade dos robôs, permitindo que façam o que são realmente bons? Iniciativas como o Guardian GT levam pesquisadores a concluir que humanos e máquinas não só podem, como devem trabalhar juntos para ser mais eficientes no futuro, buscando, acima de tudo, construir um mundo melhor.

Fonte: Futuro Exponencial

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