DARPA revela planos para instalar “Internet das Coisas” no fundo dos oceanos
Por Redação
A Agência de Projetos de Pesquisa Avançada de Defesa dos Estados Unidos (DARPA) anunciou planos para implantar milhares de sensores inteligentes no fundo dos oceanos. O ambicioso projeto, intitulado Ocean of Things, pretende monitorar a vida marinha e ampliar a consciência marítima em todo o mundo.
Inspirado na tendência da Internet das Coisas — cuja ideia central consiste em conectar os objetos da vida cotidiana à Internet, permitindo que todos os itens se comuniquem entre si –, o programa pretende instalar milhares de flutuadores inteligentes nos oceanos, formando uma rede de sensores distribuídos.
O ambicioso projeto da DARPA
Cada dispositivo será equipado com conjunto de sensores capazes de coletar dados sobre o meio ambiente (como temperatura do oceano, estado do mar e salinidade), bem como informações relacionadas às atividades de navios comerciais, aviões e mamíferos marítimos que se deslocam pelas regiões.
Ao acoplar ferramentas analíticas poderosas com tecnologia de sensores comerciais, planejamos criar redes de sensores flutuantes que ampliem significativamente a conscientização marítima em uma fração do custo das abordagens atuais. — John Waterston (Gerente de programa no Strategic Technology Office da DARPA)
Os flutuadores reportarão periodicamente, via satélite, dados de seus arredores a uma central em nuvem, que analisará as informações em tempo real. Os dispositivos serão ainda construídos com materiais ambientalmente seguros, para evitar qualquer perigo às embarcações e aos animais marinhos.
Enquanto alguns cientistas estão entusiasmados com a quantidade de dados que os milhares de sensores seriam capazes de coletar, outros duvidam que o empreendimento seja mesmo viável. O ceticismo vai desde os custos dos flutuadores até a perda de resolução de imagens capturadas embaixo d’água.
Embora representem 71% da superfície da Terra (360 milhões de km²), os oceanos ainda são uma incógnita para a humanidade — 95% é inexplorado, desconhecido e invisível aos olhos humanos. Iniciativas como o Ocean of Things, caso venham a ser concretizadas, poderão desvelar os mistérios das profundezas marítimas.
Fonte: Futuro Exponencial