Organizações exponenciais, as empresas do futuro
Por Redação
Adaptação cultural é a resposta. Mentes tradicionais não farão a mudança.
O planeta tem novos centros de gravidade. O poder definitivamente mudou de mãos. O pensamento lógico e linear dá espaço a uma economia aberta, colaborativa, disruptiva, onde o consumidor ganha poder e onde pequenos players se tornaram predadores do mercado tradicional.
O cliente não é mais fiel à marca alguma e participa ativamente do jogo dos negócios. Vivemos um tempo sem precedentes. A mudança de paradigmas ocorre em velocidade acelerada, e a capilaridade dos eventos disruptivos pelo planeta é impressionante.
Sistemas cyber físicos mudarão nossa forma de viver e trabalhar e influenciarão a qualidade de vida de populações inteiras. Tomarão decisões descentralizadas, aprenderão tarefas humanas, atuarão em colaboração e serão capazes de interagir com humanos, para que possam usar 20% do seu tempo em tarefas e 80% do tempo sendo criativos.
Em 15 anos, a Quarta Revolução Industrial terá gerado 14,5 bilhões a mais na economia mundial e o mundo será abundante e colaborativo. As fábricas serão inteligentes, as mulheres terão mais espaço no mercado de trabalho inclusive em profissões dominadas por homens até agora, os empregos terão mudado de formato.
E as Organizações Exponenciais (Exponential Organizations — ExOs, em inglês) serão as estrelas do mundo dos negócios no futuro emergente.
Organizações exponenciais
Algumas empresas tradicionais desaparecerão, outras passarão pela transformação digital, que significa fazer o uso da tecnologia para melhorar o desempenho, aumentar o alcance e garantir resultados melhores. É o único caminho para a garantir continuidade.
As Organizações Exponenciais são 10 vezes melhores, mais rápidas e mais baratas que as tradicionais. O sonho de qualquer executivo começa a tornar-se uma possibilidade. Faturamento alto, baixo risco e baixíssimo custo. Quem não as compreender sofrerá uma ruptura dramática.
Tecnologias exponenciais, crowdfunding, crowdsourcing e forças potentes estão surgindo em todo planeta e, pela primeira vez, vemos com esperança uma possibilidade de resolver os problemas sociais do mundo.
Podemos criar negócios lucrativos com impacto social positivo e em alguns anos não dependeremos de governos para resolver os dramas de saúde, educação e segurança das comunidades.
As Organizações Exponenciais já são uma realidade e impõem desafios para o mundo dos negócios. Para ser uma Empresa Exponencial é preciso atender 6 dimensões: digital, disfarçado, disruptivo, desmaterializado, desmonetizado e democrático.
Adaptação é a resposta
Líderes com propósito e com novos modelos mentais estão à frente deste movimento de ruptura de modelo, e eles são os CEOPs da próxima década. Aos poucos a automação tomará conta do meio da cadeia produtiva e freelancers atuarão como equipes temporárias.
O espaço físico das empresas diminuirá e o staff será contratado sob demanda. A gestão comando e controle deixará de existir e as equipes de trabalho serão auto gerenciáveis, Terão liberdade com alto compromisso com as entregas.
Executivos de todo mundo buscam respostas sobre como adaptar suas empresas e como superar a ameaça nos próximos anos. Não há resposta pronta, mas há caminhos sólidos.
Para as empresas tradicionais, é importante é saber que não basta se aproximar dos gigantes do Vale do Silício, dos ecossistemas de startups ou copiar fórmulas prontas de empresas que nasceram digitais.
É preciso mudar o modelo mental dos executivos que lideram o negócio, preparar o ambiente e adaptar a cultura da empresa. Sem isso não há mudança sustentável.
A grande causa mortis de empresas tem sido a dificuldade de se adaptar, a teimosia dos executivos que insistem em continuar o modelo antigos, em comprar soluções prontas ou tratar a inovação como um assunto à parte do negócio.
Os trabalhadores atuais não tem acompanhado as mudanças, porque no modelo tradicional a sobrecarga é tamanha que não sobra espaço para aprender algo novo ou inovar.
Projetos elaborados para 2018 estão caindo por terra. É um erro esperar o tempo normal para fazer a revisão do Planejamento Estratégico e um erro maior ainda revisá-lo com a fórmula de sempre. Para que uma empresa encare uma Transformação Digital com sucesso é preciso criar uma base digital, que é diferente de ter TI.
É necessário também um nível de prontidão do staff muito alto e um grupo de líderes influenciadores que não que não se revelam por cargos e sim por atitudes que contagiam pessoas em torno deste grande movimento. A alta gerência está em curto circuito, porque não sabe como decidir ou onde procurar ajuda.
O foco ainda é demasiado em processos, em lucro, em hierarquia.
Mudança cultural
Toda transformação começa com a transformação cultural. Para que empresas tradicionais se tornem ágeis e competitivas, é preciso confrontar a liderança na mudança do modelo mental, do comportamento e da forma de liderar. Executivos precisarão aprender sobre as ferramentas do novo mundo para conduzir a mudança com maestria.
Um estudo na W mostra que os executivos de alta gerência não pensam em cultura, continuam mentais e operacionais, e conversam apenas 20% do tempo com executivos de outra área da mesma empresa. Na maioria das vezes, o desalinhamento é notório e é a grande lacuna para a criação de uma cultura de inovação.
Além disso, somente 10% dos conselhos estão aptos a entender a realidade digital. Sem que o cérebro do negócio seja realinhado e engajado com os novos formatos, a cultura digital não acontece.
Uma etapa de preparação é fundamental para que a transformação digital aconteça. A provocação para pensar diferente, a revisão do modelo vigente, a criação de propósito, o equilíbrio do que já existe e a criação de oficinas de inovação para que o pensamento disruptivo seja criado internamente trazem segurança para que a empresa tradicional se torne exponencial em médio período de tempo.
A criação de uma startup em um ambiente caótico tem impacto negativo, gera um choque cultural intenso e pode resultar em fracasso. Nem todas as empresas precisarão criar uma startup, mas todas terão que se tornar exponenciais para sobreviver. Pessoas são a chave. Tudo sempre, mesmo no mundo das exatas, começa e termina em pessoas.
O investimento inicial deve ser feito em criar propósito e emoções coletivas, em ter intimidade com os novos modelos e na construção de um conjunto de comportamentos coletivos que faça a mudança acontecer em passos largos e seguros.
Não há transformação digital sem adaptação cultural, e saltos ou passos rápidos podem resultar em grandes quedas ou tropeços.
W, Ponte para Mudança — do mundo tradicional para o mundo exponencial. Aceleradora de Transformação de Negócios. Revisão de Planejamento Estratégico para modelos disruptivos. Eventos abertos — agenda de julho e agosto.
Fonte: Futuro Exponencial