Serviços públicos (realmente) inteligentes
Na disciplina Design de Interação tivemos uma oficina com Alvaro Borba (Secretaria de Comunicação Social da Prefeitura de Curitiba) em que foram discutidos cenários de futuros próximos, principalmente no que se refere ao diálogo entre cidade e cidadão.
Seguem alguns cenários explorados também pelos professores:
- E se a Prefeitura de Curitiba tivesse assistentes sociais andróides, mas as pessoas não dessem bola para eles?
- E se todos os canais de comunicação da Prefeitura adotassem a mesma linguagem informal da Prefs no Facebook, mas os cidadãos respondessem de maneira excessivamente formal?
- E se as Leis municipais fossem elaboradas com a participação do cidadão no próprio Facebook, mas o algoritmo da rede interferisse no processo?
- E se o mobiliário urbano pudesse falar com o cidadão, mas as pessoas utilizassem esse canal para se sentir menos sozinhas na multidão?
- E se o aquecimento global trouxesse a praia para bem perto de Curitiba, mas os curitibanos continuassem com o mesmo comportamento de clima frio?
À partir desses cenários, os alunos criaram vídeos curtos com ideias para projetos de design digital.
O conceito Jarbas me chamou a atenção, pois se trata de um andróide com comportamento de servidor público. Ele não compreende a deficiência do cidadão e muito menos a sua linguagem do dia-a-dia. Utiliza uma fala pré-definida e não tem senso de humor.
Os diferentes projetos incluídos nessa playlist demonstram que serviços públicos inteligentes devem incluir uma dimensão humana além da tecnológica. Não basta ter tecnologias de ponta, é preciso também ter design de serviços de ponta.
