Sangue de plástico

Questões sobre machismo, sexismo e misoginia, no desenvolvimento científico, são colocados em pauta após a divulgação de uma notícia sobre uma nova tecnologia em transfusão sanguínea. Entenda mais sobre como o surgimento do produto está ligado as manifestações feministas acontecidas na semana passada.

mAister
Futuros do Brasil
5 min readApr 24, 2018

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A transfusão de sangue é um dos cinco procedimentos médicos mais realizados em todo o mundo. A primeira transfusão de sangue ocorreu no século 17. A demanda transfusões normalmente se concentra em tratamento de anemia profunda, após um acidente e em grandes cirurgias mas hoje o procedimento está sendo muito necessário em áreas conflitos e guerras, como na Síria, Egito, Nigéria e Iêmen. Armazenamento e refrigeração de medicamentos muitas vezes é impossível em áreas de combate, portanto Cientistas Britânicos desenvolveram um sangue de plástico que não precisa de refrigeração e pode ser conservado por mais tempo. Os cientistas afirmam que o sangue artificial pode ser de produção barata e eles estão tentando conseguir mais verbas para desenvolver um protótipo final que seria mais adequado. O produto ultilizado hoje para sua fabricação ainda é caro,é preciso buscar um substituto que sintetize as principais moléculas do sangue sem haver perda de nutrientes cruciais.

Primeiras amostras já estão sendo produzidas para testes em laboratório em animais

Todo desenvolvimento do produto teve ajuda do governo brasileiro. Campanhas realizadas pela OMS estimularam a população a doar mais sangue para que pudesse ser feita a triagem de tipos sanguíneos que melhor sintetizassem o átomo de ferro em seu centro, como a hemoglobina, que é o que permite levar oxigênio pelo corpo.

Os dados da pesquisa apontaram algo curioso, apenas pessoas do sexo feminino tendem ter menor o risco de erros transfusionais e possuem taxas progressivamente reduzidas de transmissão de infecções com doenças relacionada ao sangue. Todo o sangue coletado de homens apresentava coagulação quando adicionado a mistura do protótipo produzido pelos pesquisadores britânicos.

Uma possível resposta ao fato, seria a produção de hormônios reacionais aos anticoncepcionais que são introduzidos, junto com a vacina de nascimento, em todas as mulheres desde a década de 70 no Brasil. George Whitaker, diretor do projeto do sangue de plastico, ressalta que mesmo mulheres já nascidas tiveram que tomar as vacinas, afirma que, foi um controle necessário e instaurado pela ditadura brasileira para tentar controlar os altos índices de nascimento da época.

"Havia muita libertinagem, prostituição, drogas, e a emergência de inúmeras bandas que pregavam o sexo aos adolescentes, a ditadura fez o que era preciso! Tomou rédeas a este país. Fez com a causa do problema fosse solucionada! Deu-se anticoncepcionais a todas as mulheres, assim não se faziam mais filhos! Hoje o sistema continua provando sua eficácia. Apenas as mulheres que são ditas dignas pelo estado para constituir família recebem o reagente que as permite engravidar. O processo é fácil todo mundo conhece! E é apenas uma picadinha! Só isso nos mantém de margens plácidas, sem confusões e distante do passado onde tínhamos filhos indesejados e uma pátria desordenada, cheia de doenças e superpopulação. Agora estamos longe do caos”.

. Hoje o procedimento é mais atualizado e feito em hospitais, mas nos anos 70 a distribuição que aconteceu em meninas nas escolas.

A declaração do cientista para os tabloides, o iníciou debates profundos na esfera midiática sobre o efeito da vacina feminina primária. No dia 28 de abril, (sexta-feira) houveram marchas populares pedindo análise mais profunda das óbitos relacionados com a vacina no país. Mais de 30 mil mulheres na capital de são paulo marcharam pedindo por explicações do governo e por uma ciência mais justa, sem machismo, onde mulheres não sejam as únicas a pagar pelo preço de uma sociedade “limpa”.

Pedem pela implementação de uma vacina mais segura e acesso às informações coletadas pelos cientistas britânicos. Andressa Fagundes, líder do movimento feminista pelo útero liberal, disse que os dados podem ajudar as mulheres entender o que esses anos de controle estatal fez sobre a fertilidade das brasileiras e sobre seu sangue.

"Porque um sangue que deveria coagular quando entra em contato com substâncias estranhas agora não coagula? Seríamos nós a fonte barata necessária para produção de todo esse circo? Mais uma vez usadas como objeto das vontades de um homem?"

Artistas internacionais participaram do debate público em rede sociais dando apoio às mulheres que se mobilizaram, pedindo interferência de organizações internacionais para ajudar as mulheres brasileiras a obterem mais informações sobre a vacina.

O governo brasileiro afirma que todos os danos causados, óbitos e reações foram casos específicos e que todo esforço que as mulheres fazem está sendo feito não para os homens mas para um bem maior. Sobre o parecer das pesquisas foi informado que estão em andamento mas que o país passa por outras prioridades no momento como a construção de estádios para copa do mundo, e que infelizmente as pesquisas por uma nova fórmula de vacina podem demorar cerca de cinco à dez anos para o lançamento.

Situação atual: Devido a obrigatoriedade inúmeras brasileiras, mesmo se sentindo inseguras com os efeitos causados, continuam tomando a vacina. Penas mais duras para rebeldia e não comparecimento foram instauradas para restabelecer a ordem no país.

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