Dias 2 e 3 (Mar 15) Filosofar é bom. E é necessário, afinal, o futuro chegou.

Daniel Rimoli
FWD — LatAm | Brasil
2 min readMar 16, 2015

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No ano passado já havia falado o quanto, pelo menos em Austin, temas como “wearables” e “impressoras 3D” já eram mais do que realidade. Agora a impressão que fica é que já demos mais um passo, e é hora da reflexão: o que se pode fazer? onde vamos chegar? e quais serão as consequências? Nada de filosofia chata, mas pensamentos importantes e desafiadores que alimentaram as conversas nos diversos papos noturnos.

Este ano a SXSW deu mais voz a gurus de tendências David Pink, Andrew Keen, e Martina Rothblatt que foi o grande destaque do terceiro dia.. A febre foi tanta que após cada palestra os livros deles esgotaram-se em segundos, principalmente o de Martina. Fui um dos felizardos em levar pra casa pois esta relação ver a palestra + ler o livro + debater com seus colegas em conversas de networking é essencial para que realmente todos estes temas façam sentido.

Imagine um mundo que não precisará mais de fábricas na China produzindo enormes quantidades de produtos baratos., afinal todas as casas terão impressoras 3D, acessíveis e eficientes. Um mundo onde a experiência cinematógrafica será consumida de forma única para você e a pessoa que está ao seu lado no cinema. Pois, é claro, cada um usará seu óculos inteligente, uma espécie de Google Glass 2.0.

Isso sem falar, é claro, de inteligência artificial e algoritmos. Eles estão por toda a parte automatizando tudo, desde o jornalismo do Mashable até a tradicional consulta médica básica, em experiências realizadas com um uso de avatar.

Tudo isso parece algo muito longe, não? Mas, quem poderia prever a rapidez com que o Waze e WhatsApp iriam invadir nossas vidas? O que parece distante em alguns instantes está acessível, é usado por nossos amigos, e passa a incorporar nossas vidas. E é a partir daí que começamos a refletir.

Como será o transporte em 5 a 10 anos, no momento que estamos vivendo a revolução Uber e Google e Apple preparam seus carros automatizados? Cheguei a escutar por aqui que é possível que em um futuro próximo discutam-se leis que proibam humanos de dirigir.

E os limites entre seres humanos e máquinas, com tantos recursos técnicos para automatizar quase tudo? Martina apresentou um conceito que no começo todos ficaram assustados: Cyber Consciousness, uma espécie de transferência de sua consciência uma máquina. Sua abordagem foi tão convicente e baseada em experiências e principalmente numa argumentação filosófica tão instigante que todo mundo saiu pensando. E é para isso que estamos aqui, não? Nada melhor que a boa filosofia para aliviar a nossa ansiedade em Austin.

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Daniel Rimoli
FWD — LatAm | Brasil

Digital de origem desde 1996, estrategista quando o assunto é business e comunicação, pai, palestrino, analiso, penso ideias e borbulho em busca de soluções.