Modelo de negócio para artistas e grupos

Stephanie Glória
G2 Cultura
Published in
3 min readSep 19, 2019

O que você vai levar desta leitura:

  • O que é um modelo de negócio?
  • O conceito aplicado à produção cultural.
  • Um passo a passo rápido de como fazer o seu.

Quando você, artista ou produtor, ouve “modelo de negócio” o que você pensa?

Já conversei com algumas pessoas e fiz essa mesma pergunta e algumas das respostas foram..

  • Já ouvi falar mas não sei o que significa.
  • Não é para empresas?
  • Não sei nem por onde começar.

Bem, então vamos direto ao ponto. Modelo de negócio nada mais é do que um mapa lógico que nos ajuda a ter clareza do nosso “produto”, como vamos produzir e para quem vamos entregar o nosso trabalho. E o mais interessante é que por se tratar de um método genérico, ele é adaptável.

Há algumas maneiras de fazermos um modelo de negócio, uma delas é colhendo dados por um longo tempo em pilhas de “papel” e outra é usando o Business Model Canvas.

A primeira opção não está errada, mas os dados coletados em virtude do longo tempo de pesquisa, podem não mais serem reais quando chegar o momento de executar o modelo de negócio.

Já a segunda opção nos traz em plano, de maneira mais prática, uma visão geral da nossa ideia.

Então vamos tomar como referência o Business Model Canvas — é possível baixar fácil. É importante lembrar que para tornar o preenchimento mais fluido devemos atentar que os espaços estão interligados e que seguir a ordem de preenchimento, por este motivo, faz todo o sentido.

Primeiro - Clientes: Vamos pensar em nossos clientes. E sim(!) o nosso público é o nosso cliente!

Devemos nos perguntar: quem pagará para ver o meu espetáculo? Quem se interessa pelo meu fazer criativo? Qual é o perfil dessa pessoa? Em quem eu quero gerar interesse?

Segundo - Proposta de valor: Chamar de proposta de valor pode assustar, mas nada mais é do que responder as seguintes questões: Para esse público, que eu acabei de pensar sobre, onde estará o meu valor? Qual é o meu produto?Quais são os problemas que os ajudo a resolver?

Por exemplo, aqui na G2 nós ajudamos os artistas a resolverem os problemas da desorganização e da dor de não saber quais são os melhores caminhos para fazer a carreira andar.

Terceiro - Relacionamento: aqui vamos pensar como nos relacionamos com esses clientes e qual é a melhor maneira de entregar a nossa proposta de valor.

1.Como atrair pessoas para se relacionarem com o meu trabalho?

2.Como mantenho a conexão com aqueles que já conhecem o que faço?

3.Como alcançar mais pessoas?

Quarto - Canais: Aqui nós vamos pensar como o nosso público vai receber a nossa criação.

1.Conscientização: como tomará conhecimento da nossa existência?

2.Como compra de nós? É fácil?

3.Como nós entregamos? Digitalmente ou fisicamente?

4.Como nos avalia?

Quinto - Atividades-chaves: Aqui vamos elencar as atividades mais importantes a serem desempenhadas por nós, para que o trabalho aconteça.

Por exemplo: vender o show/espetáculo/apresentação!

Sexto - Recursos-chaves: aqui gosto de dividir em recursos intelectuais, recursos estruturais e equipe.

Por exemplo: atualização semestral para todos os atores; computador , impressora e projetor; assessor de imprensa e produtor executivo.

Sétimo - Parcerias-chaves: quem são as pessoas ou empresas que podem nos ajudar nessa trajetória?

Oitavo - Estrutura de custos: aqui devemos colocar todos os custos necessários para conseguirmos entregar o nosso produto/proposta de valor.

Nono e último - Fontes de receita: agora, precisamos pensar como seremos remunerados e quanto iremos cobrar pelo que estamos entregando.

Esse assunto é popular e temos muitas fontes disponíveis sobre o tema. O mais importante para nós, artistas e grupos, é compreender que podemos usar essa ferramente adaptada à nossa realidade. As áreas se comunicam, então não vamos ficar inventando roda , não é mesmo?

Vem com a gente!

www.g2cultura.com.br/praticasdeproducaocultural

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Stephanie Glória
G2 Cultura

Empreendedora Cultural & Facilitadora de conteúdo.