Dicas para inovar em sala de aula através do design thinking

Mercedes
GabrielaMercedes
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4 min readFeb 4, 2019

A necessidade de sair do modelo tradicional de ensino, esse que vem desde a revolução industrial, já é uma realidade clara. É preciso inserir crianças e adolescentes no aprendizado que de fato faz sentido para o século em que elas estão inseridas. E pensando mais na frente, trabalhar com um objetivo mais escalável ainda: Como ajudar nossas crianças a entenderem como elas aprendem melhor? Porque se cada uma souber de que maneira elas conseguem absorver melhor qualquer tipo de conteúdo, pronto! Elas estarão com seus mindsets desenvolvidos e dispostos a estar em constante aprendizado.

Hoje, trouxe dicas de como podemos usar a abordagem do DT para apoiar os novos processos de ensino, trazendo uma aprendizagem muito mais significativa.

Design Thinking na prática:

1º Crie um desafio

Para você criar o desafio junto de seus alunos, pense em algum problema e peça para que seus alunos listem sonhos e pesadelos relacionados à esse problema.

Feito isso, use os sonhos e pesadelos para construir o desafio que será trabalhado.

Modelo de board disponível pela Impacto Maker

Uma dica é iniciar a frase do desafio com “Como podemos…[aqui escrevam um verbo para a ação que desejam realizar e depois o objetivo a ser alcançado na solução]

Por exemplo: “ Como podemos educar nossos vizinhos a não jogar lixo nas ruas ?”

2º Construindo o mapa de empatia

Aluno preparando o caderno para coletar informações

Agora é hora de desafiar nossos alunos a criarem o perfil das pessoas que sofrem com esse problema. (Pode ser na internet, na escola e até mesmo no bairro). Eles deverão ser repórteres e responder perguntas como:

Sentimentos: O que as pessoas sentem com esse problema?

Ações: O que elas fazem para solucionar esse problema hoje ?

Dores: O que mais incomoda nessa pessoa?E/ou qual sua maior dificuldade?

Objetivos: O que elas desejam ou precisam?

3º Hora de organizar as ideias

Nessa hora, muitas informações e insights foram coletados. É preciso organizar informações e debater ideias.

  • Quais informações mais aparecem?
  • O que não aparece mas é importante dar atenção?

Façam um fluxo, ou desenho para que consigam transmitir facilmente o que de mais importante o grupo concluiu. Nessa hora o facilitador(professor), pode pedir para que cada grupo compartilhe suas informações

4º Hora das soluções!

Alunos compartilhando ideias de solução

Essa hora como todas as outras, deverá ser super divertida e leve com os alunos. Como poderia ser resolvido o desafio proposto? Que ideia poderia solucionar ou minimizar o problema?

Nesse momento o facilitador tem um papel crucial em passar confiança para as crianças, pois cada ideia é importante. Não existe ideia sem graça, sem sentido ou errada. É importante garantir um ambiente seguro para que todos possam expôr suas ideias. Para facilitar, cada um pode escrever suas ideias em post-its e colá-los em um board. Outra dica: Quanto mais ideias melhor ! A opção de combinar ideias e montar uma só também é válida.

5º Prototipar a solução

Agora é só diversão ! Os alunos deverão materializar suas ideias de solução. Vale tudo. Post-its, desenhos, massinhas, materiais low-tech, uso de tecnologias e tudo o que for preciso para tornar concreta suas soluções. E mais importante que tudo, as soluções precisam ser testadas pelas pessoas que sofrem as dores. As crianças precisam ver suas ideias sendo, no mínimo, testadas. Só assim se sentirão como protagonistas do processo e grandes solucionadores de problemas.

Então, é isso…

A abordagem até propõe uma intencionalidade pedagógica, claro, mas não se pode confundi-lo com metodologia de projeto, pois existe sempre um elemento inesperado a ser considerado no processo e, principalmente, o erro (o não dar certo).

O DT oferece um potencial gigantesco para apoiar os formatos e atividades baseadas em empatia, colaboração e experimentação de possibilidades.

Vamos colocar em prática ? :)

Nos conheça um pouco: www.impactomaker.com

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Mercedes
GabrielaMercedes

-Ai Gabi, só quem viveu sabe-. Chegue mais, pegue um café e vamos conversar ?