A Community Manager e o give-back com as comunidades

Mercedes
GabrielaMercedes
Published in
5 min readMar 29, 2020

--

Começo do ano e ter no radar eventos importantes nos quais você precisará de tempo e responsabilidade das pessoas é o que faz a gente se diferenciar no que fazemos.

No dia 21 de março é o dia internacional de luta pela eliminação da discriminação racial. Talvez você não saiba, mas ano passado eu instiguei a construção de uma comunidade chamada I-black. O I-black é hoje uma comunidade que busca valorizar, educar e conectar pessoas negras para o cenário atual de mercado. Áreas como negócio, design, tecnologia, vendas e marketing fazem parte da comunidade. Se você quiser conhecer mais, só clicar aqui (@iblackslz) ou AQUI.

O dia 21 não poderia passar despercebido, mas eu queria fazer isso de um jeito diferente. Como a marca do Black Swan se posiciona muito em ser um espaço para tod(x)s, eu precisaria de forma sutil levantar a bandeira de todos nós pretos, mas de uma forma mais naturalizada para esse momento.

  • Como aconteceria: Em vez de ser um dia para educar nossa comunidade I-black, seria o dia da nossa comunidade educar empreendedores que precisavam de ajuda em seus negócios.
  • Qual seria nosso público: Queríamos qualquer empreendedor. Branco ou preto. Sabemos da importância de levar isso para o máximo de negros, mas pelo peso do dia que seria comemorado, era importante que todos entendessem a importância da comunidade e que ela chega para somar.
  • Como seria a comunicação do Mentoring Day: A nossa comunicação foi toda pautada em- Um dia de mentoria para empreendedores que precisam de uma ajudinha em seus negócios. (PONTO)
  • A nossa intenção: Impactar para o dia 21 de março após as mentorias terem acontecido. Nós não queríamos explicitar que nossos mentores eram todos negros. Queríamos deixar essa surpresa para o outro dia após a mentoria. O impacto de uma ação como essa é bem maior, e com certeza traz muito mais pessoas para a causa da valorização dos negros como profissionais referências. Desmistifica muita coisa. Dá para entender?

Mas eu queria um pouco mais para esse dia. Queria um talk antes das mentorias começarem, porque os mentores sim, eles precisariam entender toda nossa intenção por trás daquela ação e precisaríamos colocá-los também como co-criadores desse processo. A responsabilidade era de todos.

Mas óbvio que nada disso é feito só. Meu trabalho de Community Manager também é capacitar futuros líderes. E venho fazendo isso com o Ítalo e a Louise, que hoje estão à frente da comunidade comigo. Eu muito mais nos bastidores. Aqui quem tem que brilhar é eles. Meu papel é dar o empurrão.

E com isso, o dia aconteceu. Tivemos os melhores mentores da vida e agora um pouco do que aconteceu:

Eu e a chuchuzinha da Louise dando boas vindas :)

Introdução do talk com a Karina, psicóloga e afroempreendedora social. Não conhecia a Karina pessoalmente e seu trabalho. Apenas pelas redes sociais. Claro que precisaríamos convidar ela e o Ítalo fez o convite. Foi incrível ❤

Como poderia conectar o Black Swan de forma mais profunda nesse momento? Convidando nossos residentes para serem uns dos mentores. Na foto a Letícia(da esquerda) foi nossa mentora de tecnologia.( mulher, mentora de tecnologia, lindo né? *-*)

Nossas mentoras e nossos mentorados. A Louise (na ponta esquerda) nossa co-fundadora do I-Black e mentora de marketing, junto com a Bárbara (de jeans). A Babi é hoje a Head do marketing do Black Swan, e por conhecer ela tão bem hoje me identificar muito, eu sabia que ela tinha muito receio em “mentorar” alguma empresa. E eu precisava empurrar ela para essa confiança profissional.

Todos os convidados para mentoria vieram tanto da rede do Iblack (perguntamos nos stories quem poderia ensinar algo), como tivemos residentes do Black Swan, outras comunidades parceiras, além de empresas que toparam estar junto na causa. ♥

Sobre feedbacks e aprendizados

Trabalhamos com experiência né ? Além de incentivar as pessoas a se mostrarem plenamente, agradecer cada passo dado é fundamental. Montei kits com chocolate, caderninho e recadinhos para todos que participaram do momento.

Outro ponto ao fim das mentorias: Pedimos feedbacks e dicas aos mentores e foi lindo o momento. O que percebemos é que todos precisavam começar a desenvolver essa confiança profissional no que fazem. E eles conseguiram se sentir muito mais confiantes após as mentorias.

E outro aprendizado: As pessoas precisam de mais ajuda do que imaginamos. Negócios consolidados apareceram para receber mentorias e saíram todos animados. Agora é ter constância.

O meu papel foi de aplicar princípios do Design em todo esse processo. São eles: Co-criação, paciência( passos pequenos e bem dados nos levam a patamares que nem mesmo imaginamos), abordagem de baixo custo,KPI humano(medida com base na qualidade dos relacionamentos, no envolvimento ativo e na co-criação de membros, não no número de membros) e treinamento interno da comunidade ( confiança profissional também é isso).

--

--

Mercedes
GabrielaMercedes

-Ai Gabi, só quem viveu sabe-. Chegue mais, pegue um café e vamos conversar ?