Agricultura digital com precisão suíça

Gamaya Brasil
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7 min readJun 15, 2020

Relógios suíços são sinônimo de precisão e confiabilidade. Bancos suíços são garantia de solidez e confiança. Canivetes suíços remetem a utilidade. Queijos e chocolates suíços, reconhecidos pela excelência. Com referências como essas, a Suíça construiu ao longo de sua história uma identidade global como nação exportadora de produtos elaborados a partir de tecnologia de ponta e rigorosos padrões de qualidade.

No agronegócio, não é diferente.

Apesar de sua pequena área, da topografia acidentada e de um clima adverso para a produção rural, os suíços desenvolveram conhecimento e produtos que despontam entre os melhores do mundo em cada um dos elos das principais cadeias produtivas. Na área de insumos e biotecnologia, por exemplo, a Syngenta é líder global em várias culturas, assim como a Nestlé na indústria de alimentos ou a Novartis na área farmacêutica de grande complexidade.

O mesmo DNA de excelência e confiabilidade, apoiado pela ciência e pelo foco na produtividade, promete agora levar a agricultura digital a um novo patamar. Combinando inéditas tecnologias proprietárias de fotografia hiperespectral (que permite a visualização em um espectro de até 40 bandas de cores, enquanto que as tradicionais câmeras digitais processam imagens a partir de três bandas) com grande capacidade computacional, a agtech suíça GAMAYA desenvolveu uma das mais avançadas plataformas de soluções de monitoramento de lavouras por imagem do mundo. Seu propósito é oferecer a produtores de diferentes portes insights para decisões que resultarão em ganhos de eficiência, redução de custos e do impacto ambiental de suas atividades.

O PODER DE VER MAIS

Criada em 2015, a empresa rapidamente despertou a atenção de especialistas e investidores graças ao potencial de suas abordagens inovadoras ao enfrentar problemas que afetam a produtividade nas lavouras. Formada por pesquisadores de mais de 15 diferentes nacionalidades e com formações em diferentes áreas das ciências agronômicas, físicas e de computação, a equipe da GAMAYA transformou uma tecnologia disruptiva em soluções integradas de agricultura digital eficientes, aplicáveis com agilidade em grandes áreas agrícolas e fáceis de usar no campo.

A tecnologia hiperespectral permite detectar nuances nas imagens que escapam ao olho nu ou às tecnologias fotográficas tradicionais. A visão humana e as câmeras digitais de alta resolução processam imagens a partir de três faixas de cores. Nas câmeras multiespectrais, frequentemente utilizadas por satélites, detectam de 8 a 12 faixas. Já as hiperespectrais capturam até 40 faixas.

Com isso, conseguem identificar e registrar sutis diferenças na luz refletida nas plantas ou no solo em uma fazenda. E, por enxergar coisas que não seriam vistas de outra forma, geram informações valiosas para que os produtores possam tomar decisões mais rápidas e assertivas, com precisão muito maior do que as de outras tecnologias de imagem utilizadas na agricultura, como a RGB.

Um dos principais avanços da GAMAYA foi o desenvolvimento de uma câmera hiperespectral portátil para uso agrícola, tecnologia que é exclusiva da empresa e superior às demais usadas atualmente no agronegócio. Significativamente menor e mais leve, a câmera pode ser instalada em drones e produzir imagens únicas e muito mais ricas em detalhes das lavouras em suas diferentes fases. Além disso, os engenheiros da GAMAYA desenharam softwares que fazem a calibragem das imagens, eliminando distorções externas provocadas por fatores como condições atmosféricas e a luz do sol.

Mas era preciso grande capacidade computacional para processá-las e gerar insights decisivos aos produtores. Para isso, os cientistas da GAMAYA criaram algoritmos e ferramentas de inteligência artificial que passaram a relacionar automaticamente cada nuance apontada pelas imagens a um indicador agronômico, como por exemplo, presença de nematóides ou deficiência de nutrientes no solo, reconhecimento e classificação de pragas e até análises preditivas de produtividade e de teor de açúcar, no caso de lavouras de cana.

Os sistemas desenvolvidos pela GAMAYA analisam também as informações recebidas de outras fontes, como imagens de câmeras RGB e multiespectrais de drones e satélites e dados coletados por sensores terrestres e estações meteorológicas, tornando suas análises ainda mais avançadas, robustas e precisas. Modelos de inteligência artificial e machine learning “ensinam” os computadores da GAMAYA a interpretar imagens e dados e relacioná-los a eventos no campo. Com isso, a empresa pode criar soluções com olhar específico para cada cultura. Assim, a tecnologia hiperespectral entrega aos clientes GAMAYA um nível de acurácia nas informações que pode resultar em importantes ganhos de produtividade, eliminando perdas em diferentes etapas do cultivo, ou na redução de custos com insumos como fertilizantes e pesticidas.

UM OLHAR DEDICADO À CANA

Com cerca de 10 milhões de hectares plantados e um valor bruto de produção (VPB) estimado em R$ 62 bilhões em 2020 pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), a cultura de cana-de-açúcar é um dos mais importantes segmentos da agricultura brasileira. O país responde por quase metade da produção global, mas a despeito de níveis crescentes de investimento em tecnologia, ainda enfrenta gargalos e desafios relevantes para incrementar a produtividade e, consequentemente, os ganhos dos produtores e usinas.

Foi por esse motivo que, no Brasil, o primeiro foco da GAMAYA é a cultura de cana. Os pesquisadores da empresa visitaram dezenas de usinas e mergulharam nos seus canaviais em vários momentos do ciclo de produção, disposto a identificar os principais gargalos que impedem o aumento da produtividade no campo, impactam nos custos e dificultam a operação.

O principal deles é a carência de informações reais sobre o que acontece no campo, devido à imensidão das áreas cultivadas e às características naturais das lavouras. A grande densidade de plantas e a altura atingida pela cana torna difícil a entrada nos canaviais, praticamente impedindo o monitoramento eficiente dos talhões.

Era um cenário propício para a aplicação de tecnologias baseadas no uso de imagens aéreas e com capacidade de análise em larga escala e com grande rapidez, como propunha a GAMAYA. A empresa desenvolveu soluções específicas para o setor, que agora trazemos ao mercado. Com nome de CANEFIT, o conjunto de produtos da GAMAYA oferece aos usineiros ferramentas que permite enxergar sua propriedade de forma holística, abrangendo todos os talhões cultivados e com um nível de informação mais acurado.

Tela da plataforma Gamaya Viewer classifica talhões por data de plantio em área da Usina Batatais (SP)

CANEFIT engloba cinco produtos de agricultura digital que partem da análise de imagens produzidas por drones ou satélites, em diferentes formatos, voltadas aos principais desafios de cada fase da cultura, do plantio à colheita. Três delas (Falhas e Linhas Básicas de Plantio, Detecção de Daninhas por Drone e Monitoramento de Daninhas por Satélite) já estão disponíveis. As outras duas (Monitoramento de Canavial e Linhas de Colheita com Precisão), em desenvolvimento para lançamento em breve. Todas foram testadas em campo e resultaram em ganhos reais de produtividade e rentabilidade aos produtores, ao permitirem que, em momentos críticos, eles tomassem decisões a partir de dados precisos, integrados na Gamaya Viewer — plataforma simples e intuitiva em que se pode visualizar todos os dados gerados pelas soluções CANEFIT. A plataforma pode ser acessada em diferentes dispositivos, online e offline.

A tecnologia GAMAYA permite ao usineiro enxergar detalhes que o olho humano não consegue ver, mas que adicionam valor ao tomador de decisão. Na identificação de falhas de plantio em canaviais, por exemplo, as soluções da GAMAYA atingem mais de 90% de precisão. Ao conhecer em detalhes e dentro de prazo viável a situação do canavial nos primeiros dias de emergência da cultura, o responsável pela gestão agrícola da usina pode optar pelo replantio, que pode ser justificado por argumentos econômicos.

Análises realizadas pela GAMAYA com base nos custos de replantio apontam que, uma vez que decida fazer a operação, a usina pode obter um ganho de mais de R$ 2,7 mil por hectare por ano — ou um total superior a R$ 13 mil por hectare ao final de um ciclo produtivo de cinco anos.

Graças à grande capacidade de processamento para fazer diagnósticos em tempo recorde, hoje é capaz de entregar em 48 horas, com processamento automático, relatórios que outras empresas que atuam com monitoramento agrícola através de imagem, mas não possuem a mesma robustez na plataforma de computação, levam até semanas para produzir.

Em futuros artigos, falaremos mais sobre os diferenciais das soluções CANEFIT, mas desde já o time da GAMAYA Brasil, comandado pelo experiente executivo Sílvio Santos — que nas últimas três décadas ocupou posições de liderança em companhias como Syngenta, Chemtura e Agrichem — está disponível para apresentá-las em detalhes. Com ele nessa missão estão profissionais escolhidos a dedo para atender com excelência ao setor: Moses Alexandre Ramos, Leandro Pessente e Ricardo Gotardo, todos com experiência e intimidade com as questões do universo canavieiro e com a agricultura digital. Uma equipe de especialistas, direcionados a buscar soluções em conjunto com o cliente e compartilhar know how.

Para obter mais informações e entrar em contato conosco, envie email para brasil@gamaya.com.

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A Gamaya usa tecnologia exclusiva de imagens hiperespectrais, inteligência artificial e machine learning em soluções avançadas de agricultura digital.